Quatro discos que fazem desta compilação uma obra monumental que marca da melhora maneiro o arranque de 2012.
(Re)Descobrir Dylan revisto por nomes tão díspares que atravessam gerações é um belo serviço para nos entreter semanas.
Associando-se à celebração dos 50 anos da Amnistia Internacional, mais de 80 artistas juntaram-se para dar vida a Chimes of Freedom – the songs of Bob Dylan, honoring 50 years of Amnesty International, compilação de quatro discos com 75 novas interpretações de temas de Bob Dylan.
Adele, Bryan Ferry, Dave Matthews Band, Diana Krall, Elvis Costello, Evan Rachel Wood, Joan Baez, K’NAAN, Kesha, Kris Kristofferson, Kronos Quartet, Lenny Kravitz, Lucinda Williams, Marianne Faithfull, Mark Knopfler, Maroon 5, My Chemichal Romance, Natasha Bedingfield, Miley Cirus, Patti Smith, Pete Townshend, QOTSA, Raphael Saadiq, Seal, Sting, Tom Morello, Ziggy Marley e muitos outros, fazem a ponte entre duas forças icónicas com indelével impacto nos últimos 50 anos de história da humanidade. Falamos, claro, da Amnistia Internacional - organização já distinguida com o Prémio Nobel da Paz – e da inigualável mestria de Dylan.
Os britânicos Tindersticks vêm a Portugal apresentar o novo álbum, "The Something Rain", com edição marcada para dia 20 de Fevereiro. A banda actua em Lisboa, dia 26 de Março, no São Jorge.
A Corvo Records é uma nova editora independente Portuguesa de música alternativa com artistas de sonoridades que vão desde o dance punk e o indie rock modernos à IDM.
Está actualmente em fase de lançamento, e prepara juntamente com os seus artistas (incluindo os Wind Koala, Musket e Marmalard, o projecto a solo de Sérgio Dinis dos Iconoclasts) quatro releases a lançar durante o mês de Fevereiro.
Já se pode ouvir o EP de estreia homónimo dos Musket, que se encontram actualmente a gravar o primeiro longa duração. Este EP foi gravado no Black Sheep Studios com Makoto Yagyu (de PAUS e If Lucy Fell, entre outros) e apresenta como grandes referências bandas como os Gang of Four, LCD Soundsystem e toda a escola moderna de punk sujo mas dançavel.
A baixista dos Sonic Youth, Kim Gordon, tem uma nova banda, voltada para o free jazz.
A parceria com Bill Nace, músico ligado à cena de Boston, dá pelo nome de Body/Head. A estreia vai ocorrer sob a forma de uma cassete a editar pela Ecstatic Peace! de outro Sonic Youth, Thurston Moore. A dupla irá apresentar-se ao vivo pela primeira vez em Londres, no Cafe Oto, a 22 de Fevereiro, estando os bilhetes já esgotados.
Gordon separou-se recentemente de Moore, deixando o futuro dos Sonic Youth em causa. Este último vai estar a 11 de Março em Guimarães e a 12 na ZDB.
Os Happy Mondays confirmaram uma reunião que há algum tempo se anunciava.
A banda vai voltar com a formação original e tem uma digressão prevista para Maio. A confirmação surgiu pela voz de Rowetta, cantora que sempre assegurou os coros.
«Queremos montar um bom espectáculo. Decidimos que só seria especial se recuperássemos a formação original», explicou à BBC.
«Estamos todos entusiasmados. Eles são a minha família, tive saudades deles e de certeza que eles também sentiram a falta uns dos outros», assumiu.
Rowetta manifestou ainda a vontade de abrir o concerto dos Stone Roses em Manchester. «Desde que não nos tenhamos morto uns aos outros até lá, estamos a fim», comentou.
Os PAUS são a primeira banda portuguesa confirmada para o Optimus Alive'12, onde actuam dia 15 de Julho, no Palco Optimus, em apresentação do disco de estreia editado em Outubro do ano passado.
Dead Combo e :papercutz e juntam-se aos You Can’t Win, Charlie Brown na armada que vai ao South By Southwest, em Austin, no Texas.
As duas bandas juntam-se aos já anunciados You Can´t Win, Charlie Brown entre os artistas portugueses que vão ao festival. A revelação foi feita pela organização que publicou a lista completa de bandas que actuam na edição deste ano.
No caso dos :papercutz, trata-se de um regresso já que o colectivo esteve presente na edição de 2010. O South By Southwest decorre entre os próximos dias 9 e 18 de Março.
A Orelha Negra já não é um supergrupo pelo currículo de cada um dos envolvidos; o concerto do CCB confirmou que a exigência tem resposta à altura. O selo de qualidade é garantido mas há questões a rever nas novidades apresentadas.
À partida, meia vitória estava conquistada. Apesar de conquistado o hábito de pagar para ver bandas portuguesas, esgotar uma sala com a dimensão do Centro Cultural de Belém, com apenas um álbum para amostra e um segundo para dar a conhecer, é um triunfo para mais tarde recordar.
O crescimento sustentado pela belíssima integração de uma linguagem transversal de música negra numa ideia de espectáculo, em que todas as parcelas são decisivas para o resultado final, encontrou na introdução ao segundo disco da Orelha Negra um nível nunca antes visto.
Se em noites passadas como as do Cinema São Jorge e do Optimus Alive a progressão foi notável, no Centro Cultural de Belém viu-se um espectáculo de exigência suprema em que o jogo de luzes impressionou pela imaginação e coordenação com a banda sonora.
Características que defendem uma personalidade desde cedo encontrada e progressivamente reforçada mas que não deve condicionar a construção das canções. E algumas das novidades que a Orelha Negra tinha guardada não descolam de um formato identificável: uma base essencialmente rítmica casada com samples de vozes negras americanas ou portuguesas.
O regime de excepção surgiu a meio com um par de inéditos negros e soturnos, com guitarras de Francisco Rebelo a fazerem lembrar os Dead Combo: uma primeira soberba e uma segunda menos bem conseguida e a necessitar de uma reavaliação em disco.
Em palco, a já conhecida «A Luta» soou mais madura e independente de «Superman», dos Fevers, de onde é retirado um excerto considerável. E o groove de «A Cura» ou «Blessed» aliviou o stress de uma estreia e trouxe outro conforto à missão. A identidade está definida e é seguro antecipar que um novo disco não vai perder o selo de qualidade.