Como ontem fui ao concerto apenas e só como espectador, e não em trabalho como é costume, hoje dou eco da reportagem que o Davide Pinheiro assinou e que está aprovada pelo Grandes Sons:
Fossem todas as noites assim e o Sporting seria campeão por certo. Alvalade recebeu um dos melhores espectáculos da época e com casa cheia.
Eles não enganam ninguém. São assim mesmo. Uma banda de rock à moda antiga cheia de tiques que dificilmente poderão ser reproduzidos pelos filhos. O concerto dos AC/DC em Alvalade foi grandioso ao nível dos decibéis e arrasador na hora de atirar à baliza.
Foi necessário chegar ao fim da época para que finalmente se visse um bom espectáculo em Alvalade e logo perante uma enchente (coisa ainda mais rara durante o biénio 08/09). Os AC/DC foram Liedson, Moutinho, Polga, Derlei, Carriço...ou seja o que de melhor a equipa do Sporting tem.
Ouviu-se tudinho e com o volume no máximo. Os clássicos (basicamente são quatro: «Back In Black», «Thunderstruck», «You Shook Me All Night Long», «Highway To Hell»), as novas canções («Rock`n`roll Train» é candidata ao primeiro lote), os solos, ou seja, tudo aquilo que se poderia esperar dos AC/DC.
Tecnicamente mais que perfeitos, conseguem convencer-nos que ainda há lugar para os tradicionalistas num mundo super-tecnológico. E se por um lado, há pirotecnia, fogo de artifício e vídeo (imagens tão rudimentares que são engraçadas), por outro Angus Young arrisca um strip numa das várias cenas hilariantes do concerto.
É certo que um ouvido desatento pode confundir um Toblerone com um Cardbury`s e isto porque há demasiadas canções dos AC/DC que soam ao mesmo mas os fãs veteranos podem explicar aos que os descobriram via Internet que em tempos até houve outro vocalista (Bon Scott).
Provavelmente, os AC/DC irão pendurar as botas após esta digressão mas o último retrato é o de uma banda em pleno estado de forma. No campeonato dos veteranos, poucos estão tão bem conservados. Ah, e em relação aos mais novos vitória clara de uns Vicious Five agitadores sobre uns Mundo Cão que acusaram a responsabilidade.
Elogiar um amigo poderá parecer algo demasiado óbvio e de pouco interesse. No entanto é impossível falar sobre o João Paulo sem lhe tecer elogios. João Paulo é, na minha opinião, o músico referência no panorama da música improvisada feita em Portugal. Apesar do mercado exigir que um músico traga sempre consigo, e de preferência em letras bem legíveis, um rótulo musical, ele recusa-se a fazê-lo, ou melhor, são os rótulos que se afastam dele por ser demasiado honesto. Músico dono de uma mestria de instrumento e de uma musicalidade genial raras, João Paulo é muito mais do que apenas um excelente pianista, ele é um músico capaz de criar do momento, do agora. Carlos Bica
João Paulo interpretou, recriou e inventou as composições de Carlos Bica. Um espectáculo único de uma profunda cumplicidade artística.
João Paulo toca Carlos Bica Hoje, Lisboa, Cultugest, 21h30
Os The Answer não vão actuar mais logo por motivos pessoais de um dos membros da banda. Os irlandeses vão ser substituidos pelos portugueses The Vicious Five, que assim vão ter a honra de dar início ao concerto. Os, também portugueses, Mundo Cão, actuam depois dos The Vicious Five e antes da entrada em palco dos AC/DC!
Hoje cerca de 44 mil pessoas vão encher o Estádio Alvalade XXI para ver o grupo rock
A analogia não é nossa, foi feita pelo crítico Alexis Petridis, do diário britânico "The Guardian", no final do ano transacto: em 35 anos de carreira, sempre que o grupo rock australiano AC/DC chegou aos lugares cimeiros dos tops europeus vivia-se um ambiente generalizado de crise económica.
O grupo formou-se em 1973 em plena crise do petróleo. O seu maior sucesso de sempre, o álbum Back in Black, vendeu 30 milhões e foi lançado em 1980, quando na maior parte dos países da Europa Ocidental a recessão e o desemprego proliferavam. Quando a economia recuperou, a popularidade do grupo diminuiu, culminando na edição, em 1985, de Fly on the Wall, um dos seus álbuns que menos venderam - um milhão de exemplares.
Em 1990, quando os AC/DC voltaram ao activo com o álbum The Razor's Edge, uma recessão europeia era iminente e, no ano passado, depois de oito anos sem lançarem um disco de originais, a maior crise económica financeira das últimas décadas irrompeu. Os AC/DC agradeceram a conjuntura, vendendo de Black Ice, o seu 16.º álbum de estúdio, cinco milhões de exemplares só na semana de lançamento - número notável para o momento conturbado da indústria -, trepando aos primeiros lugares das tabelas de vendas em inúmeros países, o que já não acontecia há duas décadas. Hoje os australianos são o segundo grupo na lista dos que mais álbuns venderam na história da cultura pop, só suplantados pelos míticos Beatles.
Cumprir o esperado
Não espanta que o Estádio Alvalade XXI, em Lisboa, esteja praticamente esgotado para os ver hoje - segundo a produtora Everything Is New, restarão perto de dois mil dos cerca de 45 mil bilhetes postos à venda, entre os 55 e os 60 euros. Será um sinal de que a crise económica já lá vai? Ou apenas mais um indício que confirma que os AC/DC se dão bem com momentos históricos onde prolifera a desordem e o desconhecimento sobre o futuro?
Petridis não o conclui, mas não custa perceber que os AC/DC se dão bem com circunstâncias de incerteza, porque tudo aquilo que projectam - a música, a atitude, a roupa - é precisamente aquilo que é esperado deles. Confortam, não provocam. No meio do desconhecido, deles sabe-se o que esperar. Ao longo de 35 anos sempre fizeram a mesma coisa, o que no caso do guitarrista Angus Young significa também vestir sempre o mesmo uniforme escolar. Nem a morte do vocalista Bon Scott em 1980, substituído por Brian Johnson, desviou o grupo do som e atitude de sempre.
No último álbum, como sempre, apresentam-se enérgicos, praticando um rock pesado que passa o tempo a projectar um imaginário de rebelião, desafio da autoridade, embora permanecendo conservador. A primeira e única vez que tocaram em Portugal foi há 13 anos, no Estádio do Restelo, em Lisboa.
Claro que hoje apresentarão algumas temas novos referentes ao novo disco e o espectáculo cénico, com pirotecnia pelo meio, terá contornos diferentes, mas o que todos quererão confirmar é que Angus Young ainda é capaz de fazer solos de guitarra em Highway to hell, Back in black ou Whole lotta rosie, ou que as letras continuarão a espelhar os chavões ligados ao sexo, às mulheres, à vida do rock & roll. O que todos quererão comprovar é que o mundo, mesmo com crise financeira, não mudou assim tanto. O que todos quererão corroborar é que, apesar das mudanças à nossa volta, há coisas que nunca mudam. Como os AC/DC.
Banda anuncia datas europeias da digressão de promoção a The Resistance , o novo álbum.
Os Museanunciaram uma data em Lisboa, via comunicação aos fãs. O concerto está marcado para 29 de Novembro no Pavilhão Atlântico e os bilhetes são colocados à venda na terça-feira da semana que vem (9 de Junho), através da Ticketline .
Foi a própria banda de Matthew Bellamy que anunciou esta data através da sua mailing list. Além de Portugal, a banda vai apresentar o sucessor de Black Holes and Revelations na Finlândia, Suécia, Dinamarca, Alemanha, França, Reino Unido, França, Itália, Espanha, Bélgica e Holanda, entre 22 de Outubro e 4 de Dezembro.
Os portugueses Mundo Cão juntam-se ao concerto dos AC/DC que tem lugar já esta 4ª feira, 3 de Junho, no Estádio de Alvalade. Os bracarenses, que contam já com dois álbuns editados, terão as honras de abertura da festa que culminará com a mais que aguardada actuação dos AC/DC. Depois dos Mundo Cão e antes dos AC/DC, actuam os irlandeses The Answer.
ABERTURA DE PORTAS - 17h00 INÍCIO DOS ESPECTÁCULOS - 19h30
O perfil artístico do AWM assume claramente um posicionamento musical com uma profunda combinação de estilos dos quatro cantos do mundo. Os registos oriundos de música étnica, como a “afro organichouse”, ou “acousticarabiarythms”, bem como, a mistura dos estilos jazz, blues, gospel, funk e reggae podem traduzir o espírito que se pretende obter num festival diversificado e original. De seguida, apresentam-se os convidados para inaugurar a primeira edição do Arrábida World Music.