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Grandes Sons

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Grandes Sons

Super Rock Super Bock, Dia 1: Éder é sentimento National

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 Arrancou a 22ª edição do SBSR, a segunda consecutiva no espaço circundante ao MEO Arena, numa autêntica noite quente de verão. Um espaço revisto e aumentado mas sem mudanças significativas na disposição de palcos. Foi uma noite de reencontros com velhos conhecidos como os The National mas especial devido à euforia ainda instalada à conta daquele pontapé do Éder.

 

Até perto da hora de jantar não registámos grande afluência ao recinto do festival. O calor insuportavel convidava a uma chegada mais tardia e os nomes que atraiam mais público só subiam ao palco a partir desse horário. Mesmo assim houve assistência em número digno nos palcos EDP e Antena 3 para ver, ouvir e descobrir Alex Rein e Benjamim, no espaço da rádio pública, enquanto do outro lado houve público rendido aos enquanto da dupla feminina Lucius que agradaram com a sua pop de safra indie vinda de Brooklyn. O espaço alberga debaixo da famosa pala de betão pensada por Siza Vieira os festivaleiros que aproveitaram a sombra para já não circularem muito mais pelo recinto e esperarem pelos Villagers.

Foi o primeiro momento marcante do dia, o irlandês Conor O'Brien soube inspirar-se no anoitecer com vista privilegiada sobre o Tejo para desfilar a sua folk modernizada em jeito de brisa refrescante que agradou a todos que conheciam melhor ou pior Villagers.

Isto de sermos campeões europeus é mesmo especial. O ambiente do SBSR tem como ponto comum os sorrisos com que ainda se partilham histórias à volta do grande feito da Selecção de futebol, desfilam bandeiras nacionais e há um cântico que marca cada final de concerto, seja no MEO Arena, debaixo da pala do Palco EDP ou no caminho entre os dois espaços. O mesmo cântico é libertado cada vez que os músicos dão os parabéns à audiência pela conquista europeia. Todos o fazem despoletando o tal cântico: «E foi o Éder que os f&%$#! oh eh oh oh». Assim em ritmo latino e risos rasgados e irreverentes. Um sentimento de orgulho nunca antes visto em festivais de verão. O povo anda mesmo feliz.

A contrastar com a onda positiva apenas dois reparos, alguns atrasos no arranque de concertos em relação aos horários divulgados; Samuel Úria foi o mais prejudicado. E no pavilhão a velha questão do som, se há locais onde se ouve com boa qualidade, outros há que torna a experiência auditiva complicada. Neste formato de festival a resolução é fácil, ir circulando até apanhar o ponto certo, já que os acessos são livres a todas as zonas da plateia.

É precisamente no espaço do MEO Arena que estavam reservadas as actuações mais esperadas. Foi visível a numerosa romaria para um reencontro emocionante com velhos conhecidos, os The National não se fartam de Portugal e os fãs não se cansam deles. Mais um bom concerto da banda de Matt Berninger. Foram 17 canções para matar saudades, não faltaram os hinos «Mr November» ou «Fake Empire» mas o destaque vai para três novas canções: «Can’t Find a Way», «The Day I Die» e «Find You». Podemos dizer que já os vimos em melhor forma mas também já os vimos mais distantes. Mostram cansaço de estrada e falta de frescura para dar o próximo salto, o último disco já tem três anos de vida. No entanto, se há banda que não desilude os fãs são os The National que acabaram com o vocalista no meio do público na habitual comunhão que acaba em celebração a capella em «Vanderlyle Crybaby Geeks».

Antes, Kurt Vile tinha deliciado quem já o segue há muito e também os recém chegados ao seu universo ávidos de celebrar ao vivo o gingão single «Pretty Pimpin» do homem de Filadélfia. Ouvimos comentários sobre a farta cabeleira do cantor, se numa noite quente destas não aparou barba e cabelo nunca mais o fará de maneira radical. 

Estávamos conversados quanto ao rock. Os festivaleiros queriam mais acção e por isso a ponte perfeita entre Jamie XX e dos Disclosure veio saciar essa vontade de forma perfeita. 

Jamie XX teve uma pequena multidão entre si e o Tejo e aproveitou para uma sessão pedagógica de desfile de pérolas funk/disco intercaladas com temas de «In Colour» muito bem recebidos. Ficou a meio caminho entre a celebração do disco bem assimilado pela plateia e a proposta de sons que o influenciam. 

Ficou um desejo maior de entrega aos Disclosure que não costumam facilitar quando são convocados para estas festividades. Voltaram a não falhar. Parece que já foi há muito que os vimos numa tenda pequena do Alive mas o ar juvenil dos irmãos Lawrence não deixa mentir - convivemos só há quatro anos. Tal como no Meco, um pequeno percalço atrapalhou por uns minutos a actuação mas não beliscou a dinâmica e a qualidade das propostas sonoras da dupla. Luzes e grafismo em cenário irresistível, pavilhão cheio entregue à dança e tudo o que temos direito daquela electrónica feita em Inglaterra que nos soa a pop de dança urgente. Além de tocarem ao vivo sem mácula ainda apresentam dois vocalistas para aumentar a qualidade. Kwabs foi um deles, ele que actua hoje no Palco EDP. 

Os Disclosure são o som do presente que já nos soa clássico e desvenda caminhos para o futuro breve.

 
João Gonçalves para o Disco Digital

 

 

The National com Documentário

Mistaken for Strangers, documentário que irá mostrar a vida na estrada da banda The National, irá abrir o festival de cinema de Tribeca, em Nova York, no dia 17 de abril, e será seguido de um concerto da banda. Trata-se de um projecto de Tom Berninger, irmão do vocalista do grupo, Matt Berninger.

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