Nick Cave e Iggy Pop pela PETA
Nick Cave e Iggy Pop , a genialidade em banda desenhada ao serviço da PETA (People for the Ethical Treatment of Animals)
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Nick Cave e Iggy Pop , a genialidade em banda desenhada ao serviço da PETA (People for the Ethical Treatment of Animals)
David Bowie - Blackstar
Anderson .Paak – Malibu
BADBADNOTGOOD – IV
Pj Harvey – The Hope Six Demolition Project
Car Seat Headreast – Teens Of Denial
Nick Cave & the Bad Seeds - Skeleton Tree
Leonard Cohen - You Want It Darker
Beyoncé - Lemonade
Radiohead - A Moon Shaped Pool
Frank Ocean – Blonde
Já é possível ouvir o novo disco de Nick Cave, basta seguir o link do Spotify. «Skeleton Tree» foi apresentado pelo documentário «One More With Feeling», projectado em todo o mundo na última semana.
De acordo com o realizado, o filme teve como objecto contornar as perguntas sobre a morte de Arthur Cave. O filho de Nick Cave perdeu a vida no verão passado ao cair de um penhasco.
Tinha apenas 15 anos. Entretanto, já foi estreado o vídeo de «I Need You»:
Tenso, negro e profundo. Nick Cave em ressaca dramática.
Vem aí novo disco, este é o primeiro single.
“Nick Cave – 20.000 Dias na Terra” documentário sobre o músico australiano Nick Cave, estreia hoje. Em duas sessões especiais no Espaço Nimas, em Lisboa, Rita Redshoes e David Fonseca vão apresentar o filme e falar sobre a música e a carreira de Cave.
Rita Redshoes estará no Espaço Nimas no sábado, 22 de Novembro, na sessão das 21h45, para apresentar o filme de Iain Forsythe e Jane Pollard.
A 26 de Novembro, quarta-feira, é a vez de David Fonseca, também na sessão das 21h45.
O filme tem lugar no 20.000º dia na vida de Nick Cave – desde que soa o despertador, logo pela manhã, até um passeio nocturno pela praia, após um concerto.
A versão 2013 do Optimus Primavera Sound destaca-se desde logo no lado direito de quem entra onde as ofertas gastronómicas não encontram rival em qualquer outro festival. Um verdadeiro luxo calórico com as francesinhas do Cufra, as bifanas da Conga, os biscoitos da Ribeiro e o pernil em pão do Guedes, que ganha de longe no título de maior eterna fila durante toda a noite. E há muito mais para escolher na área de restauração que está sempre muito movimentada. Assistimos a momentos cómicos quando ingleses tentam perceber o que são francesinhas olhando admirados para a iguaria e nenhum local conseguiu explicar sem oferecer uma garfada.
A movimentação no recinto ainda não atingiu o auge neste primeiro dia uma vez que só há dois palcos a funcionar e estão lado a lado no fim da mesma encosta mas já vislumbrámos algumas daquelas personagens que caracterizam este festival. Muitos britânicos de calções, alguns de T-shirts indiferentes ao frio e muitos rendidos aos elegantes copos de vinho (custam 1 euro sem vinho) sempre recarregados. Um óptimo desígnio que conhecemos do ano passado e que se vai repetir seguramente este ano.
No que diz respeito aos palcos comecemos pelo concerto que concentrou a maior multidão da noite. Nick Cave & The Bad Seeds trouxe consigo o novo disco «Push The Sky Away» mas recorreu a clássicos como «Red Right Hand», «The Weeping Song», «Jack The Riper» e «Tupelo» - uma sequência real - para tornar este reencontro com os fãs portugueses ainda mais inesquecível. Nick Cave continua a ser um figura de topo no imaginário rock´n´roll com uma postura felina e agressiva em palco acabando muitas vezes a cantar literalmente em cima da plateia.
É de uma entrega contagiante e as presenças de Barry Adamson ou Warren Ellis, que tanto brilhou aqui no ano passado, numa segunda linha ocupados nos seus instrumentos ajudam a transmitir um quadro lendário para quem assiste. Entra directo para o top de melhores concertos do festival deixando a fasquia bem alta.
A grande debandada rumo à saída que se viu logo após o final do concerto do australiano significava que a maioria do público tinha vindo para ver Nick Cave e que despreza ou desconhece o poder da música de James Blake.
Antes disso os Deerhunter confirmaram em palco o bom momento de inspiração que mostram no recente disco «Monomania» sem esquecerem «Halcyon Digest», álbum que fez furor em 2010. Os norte-americanos convenceram e foram aprovados pelos muitos resistentes ao frio e ao cansaço.
James Blake pelas 3 da manhã é um figura incrível a aparecer nos ecrãs que ladeiam o palco, ar de menino bem comportado e expressões tranquilas de quem está concentrado na sua música encantadora. Ouvimos ao nosso lado alguém dizer que o timbre da voz marca toda a diferença, não ultrapassa os limites aceitáveis de um Antony Hegarty, por exemplo, e mantém-se no domínio do fascinante. Já vimos James Blake meio perdido num palco secundário do Alive, já o vimos intimista no Tivoli de Lisboa, agora encontramos o artista no seu auge, seguro e com um reportório forte que resulta num alinhamento convincente. Podia ir para palco com o seu laptop e cantar por cima de camadas instrumentais pré-gravadas mas prefere uma experiência mais orgânica rodeando-se de bons músicos que dão vida a «Digital Lions», «To The Last» ou «Limit To Your Love» com classe. Juntamente com Nick Cave, James Blake assinou o melhor concerto do primeiro dia.
Antes os Dead Can Dance não desiludiram ninguém, e havia muita gente para os ver, mas facilmente se imagina temas como «Children of the Sun», «Opium» ou «Amnesia» em local mais recatado e intimista. Quem conseguiu fixar-se na frente do palco e entrar na narcótica viagem comandada superiormente por Brendan Perry e a imperturbável Lisa Gerrard ficou a ganhar uma experiência histórica com passagem pelos anos 80 e 90. Justificaram o culto.
Menos brilhantes estiveram as manas Deal que vieram mostrar o quanto vale ainda «Last Splash», disco com 20 anos e que é mais conhecido como o disco onde está «Cannonball», um tema que quando é tocado obtém a seguinte reacção: «Ah, isto é das Breeders. Grande malha». Claro que o disco vale mais do que isso mas nem o entusiasmo em palco foi muito nem a reacção na plateia puxava por mais. Ficou o momento simbólico.
Hoje há mais e maior oferta. E frio, venham agasalhados.
João Gonçalves
Nick Cave & The Bad Seeds em concerto. Aconteceu ontem à noite e está aqui à vossa disposição. 1h 45m para ver e ouvir.
Este mês sai a banda sonora para o documentário West Of Memphis, que conta diversos factos obscuros sobre o caso que ficou conhecido como “West Memphis Three”.
Nomes como Henry Rollins, Nick Cave, Marilyn Manson, Band Of Horses, Eddie Vedder, Bob Dylan e Patti Smith estão por lá e você pode ouvir o trabalho clicando aqui.
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