Nick Cave e Iggy Pop pela PETA
Nick Cave e Iggy Pop , a genialidade em banda desenhada ao serviço da PETA (People for the Ethical Treatment of Animals)
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Nick Cave e Iggy Pop , a genialidade em banda desenhada ao serviço da PETA (People for the Ethical Treatment of Animals)
Comecemos pela sombra: debaixo da pala do Palco EDP dançou-se e ouviram-se propostas diferentes com os últimos três nomes a subirem ao palco a deixarem boas impressões. Pela hora de jantar o londrino Kwabs dava seguimento à sua aparição de véspera no concerto dos Disclosure. Convenceu e surpreendeu com uma bela versão do actual êxito de Justin Bieber «Love Yourself».
Depois, o duo Rhye encantou com uma banda sonora R&B que nos remete para a base da Califórnia desde onde operam apesar de o vocalista Milosh ser do Canadá e Robin Hannibal ser dinamarquês. A canção «Open» resume bem os belos momentos que ali se passaram aos primeiros minutos.
Mac Demarco ainda não tinha convencido nas outras passagens por Portugal mas desta vez não facilitou e assinou um belo concerto com alinhamento e duração perfeita para o contexto de festival. Teve a reacção entusiástica merecida e mesmo que tenho tocado «Salad Days» para um público que se alimentava de refeições mais condimentadas - tudo fez sentido.
Antes de passarmos para o espaço maior do recinto, uma palavra para o rock dos Glockenwise que soou perfeito no final de tarde, assim como para excelente actuação dos Pista no palco Antena 3 que entusiasmou a plateia que ocupou as escadas laterais do MEO Arena. Já de noite os Capitão Fausto bateram-se com galhardia com Iggy Pop.
Com horários, mais uma vez, por cumprir na hora de arranque dos maiores concertos no pavilhão principal, houve que esperar para ver o lendário Iggy Pop. Já estávamos avisados que a banda de «Post Pop Depression» não vinha - uma pena para um disco recente tão bem conseguido - mas o que Iggy nos trouxe deu para saciar toda a expectativa acumulada. Concerto cru, eléctrico e directo a grandes hinos da sua carreira. Não é todos os dias que celebramos «The Passenger», «Lust For Life» ou «Real Wild Child» com um vocalista tão carismático. Por falar em child, Iggy Pop é um daqueles sobreviventes de todos excessos do rock, pré e pós-punk, que nos orgulhamos de voltar a ver ao vivo. Com as recentes perdas de Lou Reed e David Bowie, ganhamos um carinho e valorizamos muito mais estes pequenos momentos de convívio com homens que mudaram a música que admiramos. Iggy fez prova de vida com distinção, emoção e uma entrega incrível para quem vai para os 70 anos. É bíblico!
Agora recuemos a 1998. A exposição mundial tinha encerrado e a capital ganhava um novo espaço para espectáculos. O primeiro grande concerto estava marcado para Novembro e a honra cabia aos Massive Attack, na altura a apresentarem «Mezzanine». A noite tornou-se inesquecível e ainda hoje quem lá esteve recorda o momento dos isqueiros acesos a compasso das batidas densas da banda.
Depois disso já passaram pelo nosso país mais de uma dezena de vezes e nunca os vimos darem um concerto menos bom mesmo que sem grande inovações.
Desta vez houve uma evolução em palco, correram o risco de tornar tudo mais tenso e sombrio dando espaço aos Young Fathers que casam na perfeição com o universo conhecido dos Massive Attack. As marcas de 3D e Daddy G estiveram todas presente. As mensagens em formato informático passaram no ecrã do cenário do palco. Tocaram-se os extremos dos sentimentos, loucura e euforia por Ronaldo e a Selecção, raiva e incompreensão por Nice e preocupação pela Turquia. Tudo com a banda sonora urgente, imediata e densa que só os Massive Attack sabem fazer desta maneira tão natural. Os «hinos» não foram esquecidos e na recta final houve espaço para a celebração do nervoso «Inertia Creep» e dos festejados «Safe From Harm» ou «Unfinished Sympathy». Mais um capítulo com carimbo acima de bom desta bela história ao vivo Portugal dos Massive Attack.
A noite convidava a ficar pelo espaço à beira rio e assim foi sem surpresa que vimos o palco Carlsberg bem composto para descobrir Lion Babe e, sobretudo, muitos festivaleiros resistentes a entregarem-se à dança contagiante do concerto de Moullinex.
Durante as suas 22 edições, o Super Bock Super Rock tem habituado o seu público a receber os maiores e mais carismáticos nomes da música internacional e o ano de 2016 não será excepção. Para o comprovar, o Palco Super Bock receberá no dia 15 de julho, um verdadeiro ícone da história do rock: Iggy Pop.
Iggy Pop produzido por Josh Homme e com uma banda que tem Matt Helders, do Arctic Monkeys, na bateria, Dean Fertita e Troy Van Leeuwen, dos Queens of the Stone Age, nas guitarras, e Matt Sweeney, dos Chavez, no baixo. Um disco que sai em Março mas já se dá a conhecer no The Late Show with Stephen Colbert:
O icónico Iggy Pop traz a Portugal os seus Stooges para uma actuação que se prevê incendiária, dia 7 de Julho, no Palco Optimus do Alive 2011. Os norte-americanos juntam-se aos já confirmados Foo Fighters e Xutos e Pontapés.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
21 seguidores