Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Grandes Sons

Um pouco de música todos os dias. Ao vivo, em vídeo, discos, singles, notícias, fotos. Tudo à volta do rock e derivados.

Grandes Sons

Super Bock Super Rock, Dia 2: O ataque massivo de Iggy Pop Super Rock

20167161624_Iggypopsbsr2016.jpg

O segundo dia do 22º SBSR voltou a contar com um clima quente de verão que se estendeu a noite fora. Corpos suados com várias causas para se entregarem. Actividade excitante no Palco EDP, propostas refrescantes no palco nacional da Antena 3 e dois nomes velhos conhecidos a fazerem excelente prova de vida no espaço maior do MEO Arena. Dia em cheio.

Comecemos pela sombra: debaixo da pala do Palco EDP dançou-se e ouviram-se propostas diferentes com os últimos três nomes a subirem ao palco a deixarem boas impressões. Pela hora de jantar o londrino Kwabs dava seguimento à sua aparição de véspera no concerto dos Disclosure. Convenceu e surpreendeu com uma bela versão do actual êxito de Justin Bieber «Love Yourself».

Depois, o duo Rhye encantou com uma banda sonora R&B que nos remete para a base da Califórnia desde onde operam apesar de o vocalista Milosh ser do Canadá e Robin Hannibal ser dinamarquês. A canção «Open» resume bem os belos momentos que ali se passaram aos primeiros minutos.

Mac Demarco ainda não tinha convencido nas outras passagens por Portugal mas desta vez não facilitou e assinou um belo concerto com alinhamento e duração perfeita para o contexto de festival. Teve a reacção entusiástica merecida e mesmo que tenho tocado «Salad Days» para um público que se alimentava de refeições mais condimentadas -  tudo fez sentido.

Antes de passarmos para o espaço maior do recinto, uma palavra para o rock dos Glockenwise que soou perfeito no final de tarde, assim como para excelente actuação dos Pista no palco Antena 3 que entusiasmou a plateia que ocupou as escadas laterais do MEO Arena. Já de noite os Capitão Fausto bateram-se com galhardia com Iggy Pop.

Com horários, mais uma vez, por cumprir na hora de arranque dos maiores concertos no pavilhão principal, houve que esperar para ver o lendário Iggy Pop. Já estávamos avisados que a banda de «Post Pop Depression» não vinha - uma pena para um disco recente tão bem conseguido - mas o que Iggy nos trouxe deu para saciar toda a expectativa acumulada. Concerto cru, eléctrico e directo a grandes hinos da sua carreira. Não é todos os dias que celebramos «The Passenger», «Lust For Life» ou «Real Wild Child» com um vocalista tão carismático. Por falar em child, Iggy Pop é um daqueles sobreviventes de todos excessos do rock, pré e pós-punk, que nos orgulhamos de voltar a ver ao vivo. Com as recentes perdas de Lou Reed e David Bowie, ganhamos um carinho e valorizamos muito mais estes pequenos momentos de convívio com homens que mudaram a música que admiramos. Iggy fez prova de vida com distinção, emoção e uma entrega incrível para quem vai para os 70 anos. É bíblico!

Agora recuemos a 1998. A exposição mundial tinha encerrado e a capital ganhava um novo espaço para espectáculos. O primeiro grande concerto estava marcado para Novembro e a honra cabia aos Massive Attack, na altura a apresentarem «Mezzanine». A noite tornou-se inesquecível e ainda hoje quem lá esteve recorda o momento dos isqueiros acesos a compasso das batidas densas da banda. 

Depois disso já passaram pelo nosso país mais de uma dezena de vezes e nunca os vimos darem um concerto menos bom mesmo que sem grande inovações.

Desta vez houve uma evolução em palco, correram o risco de tornar tudo mais tenso e sombrio dando espaço aos Young Fathers que casam na perfeição com o universo conhecido dos Massive Attack. As marcas de 3D e Daddy G estiveram todas presente. As mensagens em formato informático passaram no ecrã do cenário do palco. Tocaram-se os extremos dos sentimentos, loucura e euforia por Ronaldo e a Selecção, raiva e incompreensão por Nice e preocupação pela Turquia. Tudo com a banda sonora urgente, imediata e densa que só os Massive Attack sabem fazer desta maneira tão natural. Os «hinos» não foram esquecidos e na recta final houve espaço para a celebração do nervoso «Inertia Creep» e dos festejados «Safe From Harm» ou «Unfinished Sympathy». Mais um capítulo com carimbo acima de bom desta bela história ao vivo Portugal dos Massive Attack.

A noite convidava a ficar pelo espaço à beira rio e assim foi sem surpresa que vimos o palco Carlsberg bem composto para descobrir Lion Babe e, sobretudo, muitos festivaleiros resistentes a entregarem-se à dança contagiante do concerto de Moullinex.

 
João Gonçalves para o Disco Digital

Iggy Pop no SBSR 2016

iggy.jpg

 Durante as suas 22 edições, o Super Bock Super Rock tem habituado o seu público a receber os maiores e mais carismáticos nomes da música internacional e o ano de 2016 não será excepção. Para o comprovar, o Palco Super Bock receberá no dia 15 de julho, um verdadeiro ícone da história do rock: Iggy Pop.

Iggy Pop - Gardenia

e6ea053b.jpg

Iggy Pop produzido por Josh Homme e com uma banda que tem Matt Helders, do Arctic Monkeys, na bateria, Dean Fertita e Troy Van Leeuwen, dos Queens of the Stone Age, nas guitarras, e Matt Sweeney, dos Chavez, no baixo. Um disco que sai em Março mas já se dá a conhecer no The Late Show with Stephen Colbert:

 

 

Iggy Pop inspirado por Michel Houellebecq

Iggy Pop vai lançar um álbum inspirado no romance "A possibilidade de uma ilha", do escritor francês Michel Houellebecq, e influenciado pelo jazz.

De acordo com a publicação Pitchforkmedia, o álbum "Preliminaires", que deverá sair pela EMI França em Abril ou Maio, incluirá temas que Iggy Pop compôs para um documentário que o escritor francês fez em 2008 sobre o seu próprio romance.

Musicalmente, não será de esperar de "Preliminaires" a mesma sonoridade punk-rock dos Stooges e do anterior trabalho a solo de Iggy Pop.

Citado pelo Pitchforkmedia, o músico dá conta de que andou a ouvir jazz de Nova Orleães - de Louis Armstrong e Jelly Roll Morton -, e que isso se reflecte no novo álbum, do qual fazem parte "King of the dogs" e "Les feuilles mortes", interpretado em francês.

Iggy Pop, que diz ter feito o álbum para França e para os que falam francês, exprimiu ainda a sua admiração pelo livro "A possibilidade de uma ilha" e asseverou que a música que compôs é a que se adequava melhor ao romance quando o leu.

Michel Houellebecq, escritor francês provocador e polémico, tem publicados os romances "Extensão do domínio da luta", "Partículas Elementares", "A possibilidade de uma ilha", "Lanzarote" e "Plateforme".

in lusa

redes sociais

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Mais sobre mim

foto do autor

Links

actualize-se

Festivais

  •  
  • sirva-se

  •  
  • blogues da vizinhança

  •  
  • músicas do mundo

  •  
  • recordar João Aguardela

  •  
  • ao vivo

  •  
  • lojas

  •  
  • Arquivo

    1. 2018
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    14. 2017
    15. J
    16. F
    17. M
    18. A
    19. M
    20. J
    21. J
    22. A
    23. S
    24. O
    25. N
    26. D
    27. 2016
    28. J
    29. F
    30. M
    31. A
    32. M
    33. J
    34. J
    35. A
    36. S
    37. O
    38. N
    39. D
    40. 2015
    41. J
    42. F
    43. M
    44. A
    45. M
    46. J
    47. J
    48. A
    49. S
    50. O
    51. N
    52. D
    53. 2014
    54. J
    55. F
    56. M
    57. A
    58. M
    59. J
    60. J
    61. A
    62. S
    63. O
    64. N
    65. D
    66. 2013
    67. J
    68. F
    69. M
    70. A
    71. M
    72. J
    73. J
    74. A
    75. S
    76. O
    77. N
    78. D
    79. 2012
    80. J
    81. F
    82. M
    83. A
    84. M
    85. J
    86. J
    87. A
    88. S
    89. O
    90. N
    91. D
    92. 2011
    93. J
    94. F
    95. M
    96. A
    97. M
    98. J
    99. J
    100. A
    101. S
    102. O
    103. N
    104. D
    105. 2010
    106. J
    107. F
    108. M
    109. A
    110. M
    111. J
    112. J
    113. A
    114. S
    115. O
    116. N
    117. D
    118. 2009
    119. J
    120. F
    121. M
    122. A
    123. M
    124. J
    125. J
    126. A
    127. S
    128. O
    129. N
    130. D
    131. 2008
    132. J
    133. F
    134. M
    135. A
    136. M
    137. J
    138. J
    139. A
    140. S
    141. O
    142. N
    143. D
    144. 2007
    145. J
    146. F
    147. M
    148. A
    149. M
    150. J
    151. J
    152. A
    153. S
    154. O
    155. N
    156. D
    157. 2006
    158. J
    159. F
    160. M
    161. A
    162. M
    163. J
    164. J
    165. A
    166. S
    167. O
    168. N
    169. D