Um concerto dos Muse é uma experiência visual com uma banda sonora desequilibrada. O cenário, os jogos de luzes, e todo o cuidado gráfico na construção do palco é do mais deslumbrante que o pop/rock tem para oferecer nos dias de hoje. O verdadeiro conceito de banda de massas. Um trio que brilha no meio de um festival de luzes, raios lazer, flashes, e num palco que parece um estúdio de Hollywood onde pontificam três cubos multimédia que com a ajuda de plataformas levadiças transformam os Muse em três personagens, cada um no meio do seu paraleloepipedo, de um videoclip gigante. É o forte da banda, imagens, muitos truques com luzes, os hits que a plateia conhece de trás para a frente e tudo cozinhado de maneira a que cada canção seja um caminho orgásmico sem volta até explodir em cada refrão partilhado com as quase duas dezenas de milhares de fãs no Pavilhão Atlântico. No meio de tantos efeitos especiais o único defeito está mesmo no desequilíbrio musical conhecido da banda. Entre autênticos hinos de todos conhecidos passam temas de outras décadas que não precisavam nada de ser reencarnados. Como espectáculo os Muse estão para os concertos ao vivo como os filmes de StevenSpielberg para o cinema, entretimento puro e muito vistoso.
Em jeito de despedida de Sines reproduzo aqui algumas fotos do último dia do Festival de Sines. Foram tiradas pelo fotógrafo oficial do evento, Mário Pires, que mais uma vez assina um excelente trabalho. Visitem toda a galeria de Mário Pires e fiquem com estas imagens de Lee Perry:
O fotógrafo suíço Matthias Willi fotografou dezenas de bandas e músicos poucos minutos depois da saída de palco. Fotografias de Iggy Pop, Metallica, Queens of the Stone Age, Placebo, Muse, Hives, em: