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Grandes Sons

Um pouco de música todos os dias. Ao vivo, em vídeo, discos, singles, notícias, fotos. Tudo à volta do rock e derivados.

Grandes Sons

Uma nova sala de concertos vai abrir nos antigos armazéns da Abel Pereira da Fonseca, na zona oriental de Lisboa.

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Em entrevista à Ticketline, André Campos (um dos cinco responsáveis) explica que a sala foi «construída e pensada de raiz para acolher espectáculos de música ao vivo» com três espaços distintos: 

A Sala Principal (com plateia e mezanine para cerca de 1000 pessoas); a zona de café-concertos, para eventos até 200 pessoas: e uma outra mais privada com vista para o palco e acesso à mezanine, descreve a revista. O espaço assume a sua multifuncionalidade, podendo acolher eventos de outras características que não só concertos.

A sala abre já este mês com com os coreanos Myname, o regresso das bandas heavy Katatonia e Kamelot, e um concerto dos Nada Surf

 

Fat Freddy's Drop no Coliseu dos Recreios: Oceano Pacifico

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Os Fat Freddy's Drop regressaram a Portugal para mostrar o seu mais recente disco, «Bays», e voltaram a encontrar um Coliseu dos Recreios cheio de seguidores entusiastas. O resultado só podia ser positivo: mais de duas horas de harmonia perfeita entre palco e plateia.

A banda neozelandesa soube criar laços afectivos com o público português nos últimos dez anos com passagens marcantes por diferentes palcos. Apresentaram-se em 2006 no Algarve Summer Fest e depois foram voltando para tocarem noutros festivais, como o Sumol Summer Fest, o Sudoeste, tendo atingido as melhores apresentações em nome próprio no Pavilhão da Quinta dos Lombos e, ultimamente, na sala do Coliseu dos Recreios em Lisboa. 

Já tinham encerrado a digressão de «Blackbird» aqui, voltaram a escolher Lisboa para o final desta tour dedicada a «Bays», a maior pelo continente Europeu.


Nenhuma surpresa em vermos o Coliseu cheio pelas 21h00 de uma terça feira invernosa; o público sabe bem do potencial dos Fat Freddy's Drop em palco. Nunca desiludem ao vivo e como conseguem sempre manter o nível elevado nos trabalhos de estúdio, a chama continua sempre bem acesa. O mérito é da banda, conseguem continuar a cativar quem já os viu várias vezes e, ao mesmo tempo, renovam o seu público mantendo a média de idades da plateia bem jovem.

Foram cerca de duas horas e um quarto de concerto com acentuação forte no novo disco, já totalmente absorvido pelos fãs. Temas como «Slings and Arrows», que abriu a noite, ou «10 Feet Tall» foram dos mais celebrados, o que mostra a aprovação popular por «Bays». 

Mais passagens por «Blackbird» do que por «Dr. Boondigga & The Big BW», sempre em alta voltagem. A recuperação do antigo e épico «Based on a True Story» ficou para a recta final e contemplou «This Room», «Wandering Eye» que sucederam a «Roady». Só faltou «Earnie».

Se tivéssemos que escolher uma canção para explicar o que é a celebração de assistir ao vivo a um concerto dos Fat Freddy's Drop, escolhíamos «Shiverman», bem aparecida antes do encore. São mais de dez gloriosos minutos em crescendo instrumental com uma batida hipnotizante. O baixo obriga-nos a bater o pé, a letra é repetitiva e instala-se na mente, sentimos a música a crescer entre todos para um encontro vocal colectivo em que todo o coliseu canta: «Shake that shiverman loose» em repetição até à épica explosão da secção de sopros, com o irreverente Hopepa à cabeça como é habitual.

Continuem a criar discos com o mesmo valor e teremos os Fat Freddy's Drop sempre como uma referência segura nas passagens pelos palcos nacionais. Até à próxima.

 

João Gonçalves

 in Disco Digital

 

Os Melhores Concertos de 2015 - Grandes Sons

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  1. Dave Matthews Band no MEO Arena
  2. Blur no Super Bock Super Rock
  3. Patti Smith no Coliseu dos Recreios
  4. TOUMANI & SIDIKI DIABATÉ no FMM Sines
  5. Benjamin Clementine no Super Bock Super Rock
  6. Lambchop no Cinema São Jorge
  7. Run the Jewels no NOS Primavera Sound
  8. Mark Knopfler no EDPcooljazz
  9. Noel Gallagher's High Flying Birds  no Super Bock Super Rock
  10. Florence and the Machine no Super Bock Super Rock

 

Azealia Banks  no NOS Alive

CANZONIERE GRECANICO SALENTINO no FMM Sines

Chet Faker no NOS Alive

Chromeo no NOS Alive

dEUS no Super Bock Super Rock

Diana Krall no MEO Arena

Disclosure no NOS Alive

Django Django no NOS Alive

Einstürzende Neubauten no NOS Primavera Sound

FFS (Franz Ferdinand & Sparks) no Super Bock Super Rock

Gala Drop no Super Bock Super Rock

Jesus and The Mary Chain no NOS Alive

Jorge Palma e Sérgio Godinho no Super Bock Super Rock

Kindness no Super Bock Super Rock

King Gizzard and the Lizard Wizardno Super Bock Super Rock

Lionel Richie no EDPcooljazz

Márcia no Super Bock Super Rock

Metronomy no NOS Alive

Muse no NOS Alive

ORLANDO JULIUS & THE HELIOCENTRICS no FMM Sines

Ride no NOS Primavera Sound

SALIF KEITA ACOUSTIC  no FMM Sines

Savages no Super Bock Super Rock

SBTRKT  no Super Bock Super Rock

Sleaford Mods no NOS Alive

The Prodigy no NOS Alive

Underworld no NOS Primavera Sound

Unknown Mortal Orchestra no Super Bock Super Rock

Patti Smith no Coliseu dos Recreios: Elevador da Glória

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Um disco tem de ser muito icónico para sobreviver quarenta anos e continuar a mexer com multidões. Uma artista tem que ser muito genuína e militante para estar perto dos 70 anos e ter um Coliseu cheio numa segunda-feira à noite à sua espera para celebrar a força do rock. Patti Smith e «Horses» são dois marcos da história da música que temos a felicidade de poder testemunhar ao vivo em 2015.

O reencontro está marcado para a mesma sala onde, em 2007, se viveu uma grande noite de rock. Já este ano, Patti Smith levou este alinhamento ao Porto no NOS Primavera Sound. Não se podendo falar em efeito surpresa, a verdade é que quando a cantora está em palco há uma energia incrivelmente poderosa no ar. Comparando com a sua última passagem pelo Coliseu de Lisboa há que dizer que estão mais pessoas. Há mais turistas, há mais gente nova e há, claro, os seguidores de sempre. A plateia há oitos anos era sentada, desta vez não havia cadeiras e estava cheia. 

 

O momento era solene, ouvir um dos discos mais emblemáticos dos anos 70 de uma ponta à outra com a sua autora revigorada e Lenny Kaye ao seu lado é arrepiante. Um concerto a pedir que absorvamos todas as canções, todos os seus pormenores, todas as mensagens de Patti, todos os momentos. Talvez por isso, sentimos um regresso ao passado em que as plateias não eram caracterizadas por luzes constantes de smartphones no ar. A grande maioria dos presentes no Coliseu preferiu guardar a experiência na memória cerebral em vez da virtual. 

É este o poder das músicas de Horses. O alinhamento respeitou a ordem do álbum e por isso não constitui qualquer surpresa entre as interpretações de «Gloria» e «Elegia».

 

A intensidade, a entrega e as dedicatórias no meio é que cativaram e emocionaram o público. Patti Smith é agradecida e tem memória, não esquece os seus ideais e mantém as suas convicções. Evoca os nomes dos amigos e ídolos que já partiram, deJimmy Hendrix, a Jim Morrisson, dos Ramones a Amy Winehouse, do companheiro Fred «Sonic» Smith a Tom Verlaine, de Lou Reed a Kurt Cobain. Todos recordados com carinho pelo público que aplaudiu cada nome citado.

 

A maneira autêntica como Patti Smith passa por «Redondo Beach», «Kimberly» ou «Land», só para mencionar alguns momentos, é comovente. Percebemos que o que admiramos nela é a sua capacidade para ser naturalmente punk, as cuspidelas para o chão e as exaltações vocais não enganam, e ao mesmo tempo hippie, as mensagens de mudar o mundo continuam a soar sinceras.

É entre o punk e o hippie que o rock de Patti Smith desagua em viagens poéticas, elogios cantados à cidade de Lisboa e em improvisos.

 

Para a despedida a banda preparou um incrível medley dos The Velvet Underground. Com Lenny Kaye ao comando, sem Patti em palco, e os músicos vestidos discretamente a preto e branco, houve uma viagem ao passado que nos levou o mais perto possível dos lendários clubes de Nova Iorque como o Max's Kansas City. A rápida sucessão de «Rock & Roll» / «I'm Waiting For My Man»/«White Light, White Heat» foi esmagadora.

Como se ainda não bastasse, Patti Smith regressou sorridente e ofereceu mais três clássicos, «Beneath the Southern Cross», «Because The Night» e «People Have The Power». Este último momento fez mais pelas convicções pessoais e políticas do que qualquer comício de qualquer partido em campanha eleitoral. O cunho pessoal de Patti esteve sempre presente, recordou Fernando Pessoa e dedicou o hino «Because The Night» ao falecido pai dos seus filhos. Tudo de maneira natural, nada forçado.

 

A despedida fez-se com uma grande versão de «My Generation» dos The Who. Terminou com Patti a partir as cordas de uma guitarra, qual punk aguerrida, para depois a beijar com a ternura de uma hippie.

Um privilégio assistir a um concerto assim.
 
 
Texto: João Gonçalves
Foto: Leonor Fonseca
in: Disco Digital

Laura Marling @ Queen Elizabeth Hall, Londres - Um Dia Perfeito

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Na semana em que o Grandes Sons vai chegar aos 9 anos de vida, apresento aquela que é os nossos ouvidos e olhos em Londres. A Rita "The Queen Bee" vai reportando regularmente o que de mais interessante vai apanhando pelas salas de concertos da capital inglesa.

Começamos com Laura Marling:

 

A Laura Marling tem um novo álbum , "Short Movie" e 4 datas no Queen Elizabeth Hall esgotadas!

Este texto reporta ao concerto de 20 de Abril de 2015. A música dela é sentida e sincera, sendo impossível não entrar no mundo da Laura.

O concerto amanhece com "Howl" e "Walk Alone". Sozinha em palco com uma imagem em plano de fundo, que de frame em frame e de música em música avança dia a dentro algures num sitio bonito no deserto.

Posto isto, entram os músicos que a acompanham e seguem-se 25 minutos interruptos de música "Take the night out, I was an eagle, You know" do álbum "I was an eagle" que nos levam até ao meio da manhã, e me diz que vai ser um dia bem passado. "I feel your love" e "How can I" e mais umas quantas do álbum novo, até ao iniciar do anoitecer com "What he wrote". Para mim, a música e o momento mais intimo e bonito do concerto!

"Made by made", "Worship me", e "Short movie", são já tocadas sobre um céu estrelado.

A longo deste "dia" perfeito, consigo perceber porque é o Mercury Prize, os Brit Awards, a BBC mais o  New Music Express, e público se renderam a esta miúda de 25 anos, que deu um espectáculo imaculado.

 

Appointed by the queen bee

Fat Freddy´s Drop no Coliseu: O pássaro voou alto

O último concerto desta digressão europeia dos Fat Freddy's Drop foi uma enorme celebração em Lisboa e nem o facto de ter acontecido numa noite de segunda feira impediu casa cheia no Coliseu dos Recreios!

Já vem de longe a empatia entre o público português e esta banda da Nova Zelândia. Nunca os vimos dar um mau concerto e o entusiasmo na plateia parece estar sempre a aumentar à medida que avançam as visitas ao nosso país. O facto de terem conseguido manter sempre a qualidade a cada disco que lançam ajuda muito nesta saudável relação.

 

Esta noite vieram mostrar «Blackbird», álbum editado este ano e que originou uma digressão europeia com salas esgotadas. A última noite aconteceu em Lisboa e apesar de terem seguido o alinhamento já conhecido de outras noites estiveram muito empenhados em proporcionar um excelente concerto. Referiram várias vezes que era o último concerto da digressão, tiraram fotos com a plateia em fundo, chamaram técnicos ao palco agradeceram a todo o staff e , acima de tudo, divertiram-se em palco divertindo os seus fãs com um belo espectáculo.

 

O prato forte foi mesmo o novo disco, já completamente assimilado pelos seguidores da banda que receberam com entusiasmo as primeiras três canções da noite, «Blackbird», «Russia» e «Clean the House». Depois um regresso às origens com a recuperação de «Cay´s Crays» e o excelente «Roady», ambas do primeiro LP «Based on a True Story». A partir daí voltaram ao mais recente disco e por aí ficaram.

 

O segredo do sucesso dos Fat Freddy's Drop em palco está na atitude com que atacam cada tema dando-lhes uma dimensão ainda maior do que acontece em estúdio. A base reggae e dub está lá mas facilmente galopa para um cenário dançável com batidas hipnóticas que colocam o público em transe ao longo de demorados instrumentais que explodem em rituais de pulos com o teclado certo ou a secção poderosa de sopros onde brilha o sempre irreverente Hopepa.  É a mistura certa entre reggae, funk, jazz e techno que faz vibrar uma plateia dedicada à causa dos neozelandeses. Seja com a voz de comando de Joe Dukie, seja com a genica do MC Slave, uma espécie de oitavo elemento da família, seja só com instrumentais, todas as músicas têm um final feliz.

 

Foi a noite ideal para desfazer de vez esse mito urbano que diz que reggae e seus derivados é só para tempo de verão, sol, surf e praia. A noite era de outono e esta feliz mistura derivada de reggae/dub resultou na perfeição. Ainda passaram duas vezes por «Dr Boondigga and the Big BW», disco de 2009 e atingiram o auge com «Ernie» do primeiro LP numa versão irrepreensível.

 

É impensável que uma próxima digressão europeia não passe por cá. 

 

João Gonçalves

in Disco Digital

Sigur Rós no Campo Pequeno: Amor próprio

Noite de enchente na Praça de Touros do Campo Pequeno para receber a segunda etapa desta dose dupla de concertos em Portugal que marcam o arranque da nova digressão europeia dos Sigur Rós. Duas horas de revisão de carreira com equipa de músicos reforçada em palco num alinhamento idêntico ao apresentado na véspera no Porto.

Os islandeses Sigur Rós editaram no verão de 1999 aquele que seria o disco que iria marcar a sua popularidade no arranque do século XXI. «Ágætis Byrjun» contém algumas das peças musicais mais bonitas que já se ouviram nos últimos 13 anos. O problema começou quando se percebeu que os rapazes preferiam que ouvíssemos essas músicas em casa enquanto privilegiavam experiências, novos rumos e novas canções nos concertos que iam dando. Na teoria, até é de elogiar o risco mas não podemos negar a frustração de sairmos de um actuação sem ouvirmos os arranjos que nos deliciam nos discos. A juntar a esta atitude, entre o arrojo e a arrogância, temos uma carreira discográfica com mais baixos que altos nunca se sentindo que os Sigur Rós voltaram a tocar na magia envolvente de «Ágætis Byrjun» após 2000. O mais recente disco é a prova declarada que sustenta a nossa opinião.

 

Entre entradas e saídas de elementos, carreiras a solo e até um hiato, a estrelinha da banda foi perdendo o seu brilho. Quando anunciam o regresso à estrada, pensámos que «Valtari» não era grande cartão de visita mas tudo muda quando a banda explica que a ideia é revisitar o que de melhor foram editando nos seus discos com breves passagens sem esquecer o último trago. A esperança renascia.

A passagem dupla por Portugal confirma as boas suspeitas de que a banda de Jón «Jónsi» Þór Birgissonestá empenhada em, finalmente, gostar de si própria e entregar-se a um legado de respeito com uma alargada equipa de músicos em palco que contempla a indispensável secção de cordas assim como uma de sopro. E quando tudo carbura em harmonia crescente o resultado é fabuloso. Felizmente tivemos vários momentos assim, sendo que aquele que nos ficam na memória estão precisamente no tema final do concerto, uma versão poderosa de «Popplagið», que encerra o famoso disco dos parêntesis, que acaba numa impressionante cavalgada sonora em crescendo até ao caos devidamente controlado porJónsi. Antes deste final brilhante tínhamos sido contemplados com uma interpretação igualmente digna do soberbo «Svefn-g-englar» a roçar a perfeição.

 

A hora e meia que tinha ficado para trás foi como uma viagem na montanha russa. Altos e baixos, momentos arrepiantes, outros claramente secantes piorados por espectadores na plateia que aproveitavam para brindar e actualizar a conversa sobre as façanhas do Benfica europeu, ou então por cenários melosos de casais de namorados que quase nos faziam entrar nos seus beijos de tão perto e desequilibrados que estavam da nossa reportagem. O público conseguiu aguentar uma hora sem acompanhar com palminhas mas a partir daí não perdoou e lá vinham as demonstrações de agrado tentando o impossível, ou seja, acompanhar estas canções com palmas. Não por acaso os momentos menos bem conseguidos a arrastar a coisa para o tédio tiveram a ver com a passagem pelo novo disco.

O alinhamento foi em tudo semelhante ao da véspera no Porto, houve quatro novas músicas apresentadas (está-lhes no sangue) e o encore teve só dois temas. Recuperaram-se pérolas como «Nýbatterí» e peças musicais muito boas de «Takk..» ou « ( ) ». Não foi o concerto perfeito que a carreira dosSigur Rós pode facilmente produzir mas foi uma boa noite para recuperarmos algumas das melhores etapas da banda e, talvez o mais importante, vê-los a gostarem de si próprios e do que já criaram.

 

João Gonçalves

para o Disco Digital

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