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Depois do sucesso da estreia em Portugal em 2016, o MIMO Festival Amarante dá este ano provas de que veio para ficar. Ao longo de três dias, a segunda edição do festival trouxe à cidade de Amadeo de Souza-Cardoso e Teixeira de Pascoaes mais de 60 mil pessoas, que se dividiram pelos diferentes palcos do MIMO.
Música, cinema, poesia, workshops e palestras com vários dos artistas convidados, num total de 52 actividades, fizeram as delícias das milhares de pessoas - de diferentes gerações e vindas de vários pontos do país e do estrangeiro - que participaram na edição deste ano do MIMO. Herbie Hancock, Jards Macalé, Tinariwen, Nação Zumbi, Anne Paceo, Girma Bèyènè & Akalé Wubé, Richard Bona e Mandekan Cubano, Hamilton de Holanda e Mayra Andrade foram alguns dos artistas e grupos que conquistaram a atenção de todos.
Apesar de ainda não ter chegado ao fim – hoje ainda actuam Ala.Ni, Ricardo Ribeiro, Rodrigo Amarante, Céu e Manel Cruz -, o estrondoso sucesso do MIMO em Portugal está à vista de todos, nas enchentes de público em todos os espaços e nas ruas da cidade, nos sorrisos do público e nos agradecimentos dos artistas que se renderam a Amarante.
"Amarante recebeu o MIMO de braços abertos e este ano quisemos retribuir reforçando a programação artística. Fizemos uma grande aposta e estamos muitos felizes porque é notória a satisfação do público. Além disso, é visível o impacto económico que o festival tem na cidade e no turismo da região Norte. Recebemos muitos elogios pelas propostas artísticas que fizemos, mas também pelo programa MIMO Sem Barreiras que desenvolvemos com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que tornou o festival mais acessível a todos", afirmou Lu Araújo, a directora do MIMO Festival que, depois de 13 anos no Brasil, resolveu trazer para Portugal o conceito deste que é mais do que um festival, é uma experiência cultural de acesso livre a todos.
Para José Luís Gaspar, Presidente da Câmara de Amarante, "o balanço da edição 2017 do MIMO Amarante faz-se com duas palavras: estrondoso sucesso!" E, acrescenta, " sendo previsível o crescimento em relação à primeira edição, a verdade é que o festival voltou a superar as melhores expectativas. Trata-se, efetivamente, da confirmação da história de amor entre o MIMO e Amarante e também de um enorme sinal da consolidação do projecto em Portugal. Esta é uma aposta ganhar e isso sente-se na cidade e nas pessoas. Por tudo isto é, para mim, representante do Município, um gosto enorme poder anunciar o regresso do festival em 2018".
O MIMO a Amarante está confirmado para 2018, acontece nos dias 20, 21 e 22 de Julho.
Cerca de 12 mil pessoas viveram esta 5ª edição do NOS Summer Opening, no Funchal, num ano em que, pela primeira vez, o festival teve lotação esgotada no primeiro dia. “O balanço que fazemos é muito positivo porque sentimos as boas energias e vibrações que caracterizam NOS Summer Opening, vimos que as pessoas estavam felizes, vimos os artistas extremamente contentes por terem cá estado e tudo se conjugou para que fosse um fim-de-semana de festa e de Verão e para que seja o evento de Verão na Madeira”, referiu Gonçalo Camacho, da organização do festival.
O responsável não pôde deixar de salientar o facto de, no primeiro dia, o festival ter atingido, pela primeira vez, lotação esgotada. “É um grande motivo de orgulho, foram cerca de 7 mil pessoas no Parque de Santa Catarina e o sábado foi igualmente uma das melhores noites, sendo que tivemos cerca de 5 mil pessoas no parque”, realçou. No total das duas noites, cerca de 12 mil pessoas passaram pelo Parque de Santa Catarina. “Foi a melhor edição de sempre do NOS Summer Opening”, acrescentou, avançando, “com toda a certeza, que o festival vai acontecer em 2018”.
E ontem, último dia do festival, passaram primeiro pelo palco os madeirenses Men on the Coach. Depois, a actuação de Dillaz levou o muito público jovem ao rubro. A noite foi sempre em crescendo, e Mundo Segundo e Sam The Kid continuaram a levar boas vibrações ao público que cantou e dançou com esta actuação. “Eu sabia que era um festival especial, que era provavelmente o festival mais forte da ilha da Madeira e eu, pessoalmente, estou radiante, vou para casa mesmo com o coração cheio”, confessou Mundo Segundo.
Sam The Kid fez suas as palavras do colega. “Estive cá no ano passado com os Orelha Negra e desde o ano passado que fiquei com vontade de voltar porque senti o público com muita fome de interagir”, afirmou, confessando que, tal como Mundo Segundo vai “muito satisfeito para casa”. “Foi melhor do que o que estava à espera”, acrescentou.
O final ficou reservado para Nelson Freitas, o artista holandês com raízes cabo-verdianas que pôs muita gente a dançar ao ritmo dos sons quentes. “Correu tudo muito bem, o público deu muito amor e muita energia”, descreveu, garantindo que ficou “com muita vontade de voltar”. “Com este público maravilhoso, por mim seria já amanhã”, gracejou.
Com a sexta edição já garantida, só podemos dizer: até para o ano!
O FMM Sines arrancou ontem com a manga de Porto de Corvo. Neste primeiro fim de semana os concertos são em Porto Covo e todos de entrada livre. O programa para hoje é o seguinte:
Poucas horas antes do anúncio da morte de Chester Bennington, os Linkin Park partilhavam um novo vídeo: "Talking to Myself", segundo single a ser retirado de One More Light, o seu último álbum.
Alt-J num concerto em nome próprio, dia 6 de janeiro, em Lisboa. O trio sobe ao palco do MEO Arena nos primeiros dias do ano para apresentar aos fãs o terceiro registo de originais, “RELAXER”. Depois de um concerto grandioso no passado dia 06 de julho no NOS Alive’17, onde a banda teve a oportunidade de ver uma multidão conquistada com os novos temas revelados em primeira mão, o trio traz agora a Portugal o espetáculo próprio de apresentação deste novo trabalho, que entrou diretamente no Top de vendas no Reino Unido e que com pouco tempo de vida já recebeu fortes elogios da crítica especializada.
O Super Rock Super Bock viveu a sua 23ª edição no 3º ano de vida no Parque das Nações. Um dos festivais mais antigos do país tem a sua história feita de mudanças, riscos e desafios. Começou à beira Tejo, na zona de Alcântara, mais tarde passou pela zona da outra ponte sobre o Tejo, chegou a sair de Lisboa, tentou fixar-se no Meco e acabou a dinamizar uma área simbólica da famosa Expo'98.
Podemos mesmo dizer que o festival acaba por reavivar o espírito da Expo, à sua maneira, claro está, durante estes três dias de música entre a FIL e o Oceanário de Lisboa.
Se a localização tem sido um constante desafio, a programação tem sido uma dor de cabeça. Uma boa dor de cabeça, entenda-se. É preciso acompanhar as novas tendências, saber o que pode arrastar público, onde estão as bandas que vão ter sucesso em breve e saber divulgar a música nacional.
O Super Bock Super Rock, versão Parque das nações, acertou desde logo no palco menos espaçoso, aquele que é dedicado aos artistas portugueses que estão nos primeiros passos. Primeiro com a Antena3, agora com a rádio da casa, a SBSR.FM. Aí não tem sido complicado arranjar nove nomes por ano para mostrarem o que valem. Prova disso são as promoções de Capitão Fausto e, especialmente, Slow J. Os primeiros tiveram a honra de tocar no palco maior antes dos mais aclamados do evento, os Red Hot Chili Peppers. O segundo é um caso à parte. Destaque para o rock dos Stone Dead que ganhou muitos seguidores ali, tal como Manuel Fúria e os Náufragos e os Throes + The Shine, todos souberam aproveitar ao máximo as oportunidades.
Slow J é a medalha mais valiosa que o este novo formato do SBSR tem para mostrar. Fruto de uma aposta forte na música nacional, o festival promoveu o rapper português do palco mais pequeno para o Palco EDP e já anunciou a sua chegada ao Palco Super Bock do MEO Arena no próximo ano.
Nada a dizer quanto ao aproveitamento do talento nacional. Também não há muito por criticar no Palco EDP, o tal que recebe a plateia debaixo da icónica pala do Pavilhão de Portugal. Um cartaz sempre agradável, com nomes relevantes, algumas surpresas, propostas menos óbvias ou mais alternativas e indies, como preferirem. Tem acabado por dar bons frutos, este palco, que ora projecta nomes para o Vodafone Mexefest, por exemplo, ora os vai resgatar em bom tempo, como aconteceu com Silva, por exemplo. O Palco LG mistura propostas de música lusófona, uns com mais sucesso do que outros, obviamente. A passagem de Seu Jorge era boa no papel, foi aborrecida na prática. A presença dos Boogarins foi uma aposta bem ganha. Fez-se história com o projecto Língua Franca ao vivo, The Legendary Tigerman marcou o momento com a apresentação do seu novo trabalho e até Bruno Pernadas encantou ao fim da tarde.
Em sentido contrário estiveram os The Gift que tiveram que suar por manter um reduzida plateia e tentar aumentá-la de forma inesperada. O novo disco não chegou para captar a atenção dos festivaleiros que ignoraram a banda de Sónia Tavares de forma surpreendente.
Isto leva-nos à discussão mais delicada do actual Super Rock Super Bock. Os outros dois espaços estão bem resolvidos, o grande dilema mantém-se no MEO Arena, um espaço grande que precisa de nomes atraentes para não ficar com um ar desolador para quem toca e para quem vê.
E depois saber por onde quer ir o festival. No primeiro ano desta nova vida, o mote foi dado com a presença de Sting. Ficou provado que com um nome maior do pop/rock mundial faz-se, pelo menos, um dia em termos de bilheteira. Este ano a fórmula foi comprovado com os Red hot Chili Peppers, que deram um bleo concerto, diga-se. E até com os Deftones que, ainda, conseguem arrastar uma dedicada multidão em número considerável, assinando também um excelente concerto.
Junte-se aquele dia inesquecível do ano passado em que Kendrick Lamar levou à loucura um MEO Arena esgotado e, aparentemente, tínhamos uma fórmula vencedoras. Ou seja, um dia dedicado ao universo hip hop com um nome da primeira linha a fechar o cartaz e duas bandas de reputação insuspeita para os outros dias.
Funcionou bem com os Red Hot Chili Peppers, funcionou de maneira aceitável com Deftones mas sentiu-se a falta de um cartaz mais equilibrado no MEO Arena. E a aposta no Hip Hop pedia uma continuação em vez de um tiro no escuro, como foi o caso de Future. A sequência lógica a Lamar seria um Drake, por exemplo. Já nem vamos para Kanye West ou Jay-Z, que financeiramente não são alcançáveis para estes orçamentos. Mesmo o Drake já faz parte de um pote de Champions League musical, em termos de cachet.
Future podia ser aposta certa, tem hits à escala mundial e discos apreendidos pelas novas gerações, basta recordar as batidas de "Mask Off" para ver que não estamos a exagerar aqui. Mas ao vivo aquilo foi tudo o que o festival não precisava, foi o concerto de Kendrick Lamar mas ao contrário. E nem estou a dizer que foi bom ou mau, aí concordo com o Rui Miguel Abreu, nem dá para entender muito bem o que aconteceu ali.
Esperava-se mais porque o SBSR deu-nos a luz há um ano com Kendrick. Este ano podemos agradecer o superior concerto dos London Grammar que ficam a pedir nova convocatória em nome próprio.
Os Foster the People fizeram prova de vida e sabem que nunca mais farão outro "Pumped Up Kicks", a The Power Generation toca muito bem aquelas músicas de Prince mas nem Bilal nem Ana Moura nos conseguem perder a ansiedade de o ver entrar em palco a qualquer momento. Kevin Morby e James Vincent McMorrow, Jessei Reyez, The Orwells e Tom Barman, têm todos um lugar no nosso coração, como alguns deles já sabiam.
A modalidade olímpica portuguesa de bater no som do MEO Arena não pode servir para tudo, os Deftones e o experiente DJ Fatboy Slim provaram que o som pode ter qualidade quando se tem profissionais que o saibam trabalhar. Não por acaso, tiveram a plateia cheia e rendida até ao fim.
Acabar a comparar este festival que leva cerca de 60 mil pessoas (tendo em conta a lotação do MEO Arena) em 3 dias com outro que só numa noite alberga mais de 50 mil festivaleiros é, no mínimo, desonesto intelectualmente. Ambos têm o seu lugar de destaque no topo do mediatismo da época de festivais. Ambos estão a cumprir os seus objectivos. São realidades diferentes.
O Super Bock Super Rock está à procura de se fixar numa zona que deu muitas alegrias ao portugueses e está à procura do formato de cartaz perfeito. A ideia está lá, o rumo parece correcto, só falta ser eficaz na elaboração do espaço a preencher pelas nove bandas anuais no Palco Super Bock, como expliquei atrás. Os outros dois palcos vão bem. Não esquecendo o Palco Carlsberg que recebe os mais resistentes madrugada dentro na Sala Tejo com propostas mais dançáveis. Aqui os portugueses continuam a dar cartas com a qualidade de Xinobi, Beatbombers ou Magazino e com a ajuda de gente boa internacional como os Tuxedo.
Para já, o festival é de Slow J. E isso já é bom.
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