Mais Nomes Portugueses Para o Mexefest
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Desde há muito que os que passeiam pela Avenida estão habituados a ouvir o melhor que se faz na música independente tanto internacional como nacional. Os três nomes que hoje se anunciam são três grandes exemplos disso mesmo: Peaches, Da Chick e Seven Davis Jr.
Há muitas histórias dentro da História dos Xutos & Pontapés. A história do «acústico» é uma das mais bonitas. Porque há coisas que não são planeadas mas podem ser muito importantes.
Há momentos, inesperados, em que uma banda renasce porque se reencontra: consigo mesma, com as suas canções e com o público. Em 1995, de uma emissão de rádio, fez-se um disco – Ao Vivo na Antena 3 – que mudou o modo como este país sentiu a força da música dos Xutos & Pontapés. As canções, já feitas hinos, tornaram-se ainda maiores e – depois disso, por causa disso – nada voltou a ser como antes.
Agora, vinte anos depois, Tim, Zé Pedro, Kalu, João Cabeleira e Gui revisitam esse momento tão singular nas suas carreiras: «Se me amas» é o regresso dos Xutos & Pontapés ao formato (quase) acústico, por duas noites apenas. Um encontro feliz e raro, feito de desafio e cumplicidade, entre músicos totalmente entregues à essência de canções que fazem parte da vida. Da deles e da nossa.
Preço Bilhetes: de 15€ a 35€
Os Sofa Surfers regressam a Portugal dia 5 de Novembro para um espectáculo único na Casa da Música. Na bagagem, a banda austríaca traz o novo álbum, “Scrambles, Anthems and Odysseys”, que é editado a 23 de Outubro.
A norte-americana Chan Marshall, conhecida pelo pseudónimo Cat Power, vai passar por Portugal para dois espectáculos em nome próprio. Dia 31 de outubro, a artista irá actuar em Lisboa, no Grande Auditório do CCB, e no dia seguinte, 01 de novembro, ruma ao Porto para actuar no Hard Club.
Depois do bem sucedido "Jukebox", Cat Power traz a Portugal, com dois concertos em nome próprio, o seu último disco de estúdio, "Sun", editado em 2012. Este álbum foi gravado durante três anos em quatro locais diferentes, tendo começado por Malibu (num estúdio criado por ela), Silver Lake, Miami e Paris. Chan Marshall considera "Sun" um renascimento, neste que diz ser o seu trabalho mais pessoal.
Ao longo da sua carreira a artista conta com nove discos de estúdio e fortes elogios da crítica.
Em 2008 no Coliseu de Lisboa foi assim: Cat Power @ Coliseu: Texto e Alinhamento
CCB - Grande Auditório | 31 outubro
Abertura de portas: 20h00
Início do espetáculo: 21h00
Hard Club | 01 novembro
Abertura de portas: 20h00
Início do espetáculo: 21h00
O reencontro está marcado para a mesma sala onde, em 2007, se viveu uma grande noite de rock. Já este ano, Patti Smith levou este alinhamento ao Porto no NOS Primavera Sound. Não se podendo falar em efeito surpresa, a verdade é que quando a cantora está em palco há uma energia incrivelmente poderosa no ar. Comparando com a sua última passagem pelo Coliseu de Lisboa há que dizer que estão mais pessoas. Há mais turistas, há mais gente nova e há, claro, os seguidores de sempre. A plateia há oitos anos era sentada, desta vez não havia cadeiras e estava cheia.
O momento era solene, ouvir um dos discos mais emblemáticos dos anos 70 de uma ponta à outra com a sua autora revigorada e Lenny Kaye ao seu lado é arrepiante. Um concerto a pedir que absorvamos todas as canções, todos os seus pormenores, todas as mensagens de Patti, todos os momentos. Talvez por isso, sentimos um regresso ao passado em que as plateias não eram caracterizadas por luzes constantes de smartphones no ar. A grande maioria dos presentes no Coliseu preferiu guardar a experiência na memória cerebral em vez da virtual.
É este o poder das músicas de Horses. O alinhamento respeitou a ordem do álbum e por isso não constitui qualquer surpresa entre as interpretações de «Gloria» e «Elegia».
A intensidade, a entrega e as dedicatórias no meio é que cativaram e emocionaram o público. Patti Smith é agradecida e tem memória, não esquece os seus ideais e mantém as suas convicções. Evoca os nomes dos amigos e ídolos que já partiram, deJimmy Hendrix, a Jim Morrisson, dos Ramones a Amy Winehouse, do companheiro Fred «Sonic» Smith a Tom Verlaine, de Lou Reed a Kurt Cobain. Todos recordados com carinho pelo público que aplaudiu cada nome citado.
A maneira autêntica como Patti Smith passa por «Redondo Beach», «Kimberly» ou «Land», só para mencionar alguns momentos, é comovente. Percebemos que o que admiramos nela é a sua capacidade para ser naturalmente punk, as cuspidelas para o chão e as exaltações vocais não enganam, e ao mesmo tempo hippie, as mensagens de mudar o mundo continuam a soar sinceras.
É entre o punk e o hippie que o rock de Patti Smith desagua em viagens poéticas, elogios cantados à cidade de Lisboa e em improvisos.
Para a despedida a banda preparou um incrível medley dos The Velvet Underground. Com Lenny Kaye ao comando, sem Patti em palco, e os músicos vestidos discretamente a preto e branco, houve uma viagem ao passado que nos levou o mais perto possível dos lendários clubes de Nova Iorque como o Max's Kansas City. A rápida sucessão de «Rock & Roll» / «I'm Waiting For My Man»/«White Light, White Heat» foi esmagadora.
Como se ainda não bastasse, Patti Smith regressou sorridente e ofereceu mais três clássicos, «Beneath the Southern Cross», «Because The Night» e «People Have The Power». Este último momento fez mais pelas convicções pessoais e políticas do que qualquer comício de qualquer partido em campanha eleitoral. O cunho pessoal de Patti esteve sempre presente, recordou Fernando Pessoa e dedicou o hino «Because The Night» ao falecido pai dos seus filhos. Tudo de maneira natural, nada forçado.
A despedida fez-se com uma grande versão de «My Generation» dos The Who. Terminou com Patti a partir as cordas de uma guitarra, qual punk aguerrida, para depois a beijar com a ternura de uma hippie.
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