Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Grandes Sons

Um pouco de música todos os dias. Ao vivo, em vídeo, discos, singles, notícias, fotos. Tudo à volta do rock e derivados.

Grandes Sons

Foals no Coliseu dos Recreios: Visita de médico

Os Foals regressaram a Portugal após uma rápida passagem pelo Festival Optimus Alive há dois anos e com um novo estatuto a defender. Não motivaram casa cheia e despacharam a viagem pelos três discos editados em menos de uma hora e vinte minutos! Houve momentos gloriosos e outros nem tanto. Saem com nota positiva mas esperava-se mais.

A banda inglesa liderada por Yannis Philippakis anda a baralhar-nos as voltas desde 2008. Ao fim de três discos editados não é fácil prever o seu rumo nem perceber se são mais eficientes a construir canções épicas como «Spanish Sahara» do segundo disco, se são melhores a criar delirantes sonoridades tão bem representadas no disco de estreia ou se são simplesmente uma banda talhada para assinar hits imediatos como é o caso dos recentes «Inhaler» ou, principalmente, «My Number» só por si responsável pela presença e angariação de novos seguidores, isto acreditando nas conversas que fomos ouvindo nos corredores do Coliseu.

 

Este concerto não serviu para tirar nenhuma destas dúvidas porque o grupo faz mesmo questão de ir a todas e o alinhamento é composto democraticamente por temas dos três discos com a maior fatia a caber a «Holy Fire», naturalmente.

Os Foals funcionam bem em palco, conseguem carregar aquela densidade que se nota em estúdio em algumas canções mas perdem um pouco de força ( era preciso tirar mais daquela bateria ) noutros momentos. O melhor exemplo foi a forma fugaz com que passaram por «My Number», esperávamos mais ao vivo.

 

A sequência «Providence», «Late Night» (inevitável não nos lembrarmos do videoclip), «Milk & BlackSpiders» e a soberba «Spanish Sahara», colocou os Foals num patamar superior convencendo o público que ficou no ponto para receber uma das canções mais badaladas de 2013, «Inhaler». Aqui lembramo-nos de Jane's Addiction e até de Rage Against the Machine guiados pelo falsete irrepreensível de YannisPhilippakis.

 

Um dia depois de terem editado o DVD do concerto no Royal Albert Hall, os Foals passaram por Lisboa com o seu concerto a seguir à risca recentes alinhamentos, cumprindo promessas mas deixando algumas dúvidas no ar. Para onde caminham? Não sabemos mas ficámos com a experiência de um espectáculo onde os momentos interessantes e bons foram superiores às desilusões.

A relativa curta duração do alinhamento também não caiu bem.

 

 João Gonçalves
in Disco Digital

Fat Freddy´s Drop no Coliseu: O pássaro voou alto

O último concerto desta digressão europeia dos Fat Freddy's Drop foi uma enorme celebração em Lisboa e nem o facto de ter acontecido numa noite de segunda feira impediu casa cheia no Coliseu dos Recreios!

Já vem de longe a empatia entre o público português e esta banda da Nova Zelândia. Nunca os vimos dar um mau concerto e o entusiasmo na plateia parece estar sempre a aumentar à medida que avançam as visitas ao nosso país. O facto de terem conseguido manter sempre a qualidade a cada disco que lançam ajuda muito nesta saudável relação.

 

Esta noite vieram mostrar «Blackbird», álbum editado este ano e que originou uma digressão europeia com salas esgotadas. A última noite aconteceu em Lisboa e apesar de terem seguido o alinhamento já conhecido de outras noites estiveram muito empenhados em proporcionar um excelente concerto. Referiram várias vezes que era o último concerto da digressão, tiraram fotos com a plateia em fundo, chamaram técnicos ao palco agradeceram a todo o staff e , acima de tudo, divertiram-se em palco divertindo os seus fãs com um belo espectáculo.

 

O prato forte foi mesmo o novo disco, já completamente assimilado pelos seguidores da banda que receberam com entusiasmo as primeiras três canções da noite, «Blackbird», «Russia» e «Clean the House». Depois um regresso às origens com a recuperação de «Cay´s Crays» e o excelente «Roady», ambas do primeiro LP «Based on a True Story». A partir daí voltaram ao mais recente disco e por aí ficaram.

 

O segredo do sucesso dos Fat Freddy's Drop em palco está na atitude com que atacam cada tema dando-lhes uma dimensão ainda maior do que acontece em estúdio. A base reggae e dub está lá mas facilmente galopa para um cenário dançável com batidas hipnóticas que colocam o público em transe ao longo de demorados instrumentais que explodem em rituais de pulos com o teclado certo ou a secção poderosa de sopros onde brilha o sempre irreverente Hopepa.  É a mistura certa entre reggae, funk, jazz e techno que faz vibrar uma plateia dedicada à causa dos neozelandeses. Seja com a voz de comando de Joe Dukie, seja com a genica do MC Slave, uma espécie de oitavo elemento da família, seja só com instrumentais, todas as músicas têm um final feliz.

 

Foi a noite ideal para desfazer de vez esse mito urbano que diz que reggae e seus derivados é só para tempo de verão, sol, surf e praia. A noite era de outono e esta feliz mistura derivada de reggae/dub resultou na perfeição. Ainda passaram duas vezes por «Dr Boondigga and the Big BW», disco de 2009 e atingiram o auge com «Ernie» do primeiro LP numa versão irrepreensível.

 

É impensável que uma próxima digressão europeia não passe por cá. 

 

João Gonçalves

in Disco Digital

Pág. 1/3

redes sociais

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Mais sobre mim

foto do autor

Links

actualize-se

Festivais

  •  
  • sirva-se

  •  
  • blogues da vizinhança

  •  
  • músicas do mundo

  •  
  • recordar João Aguardela

  •  
  • ao vivo

  •  
  • lojas

  •  
  • Arquivo

    1. 2018
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    14. 2017
    15. J
    16. F
    17. M
    18. A
    19. M
    20. J
    21. J
    22. A
    23. S
    24. O
    25. N
    26. D
    27. 2016
    28. J
    29. F
    30. M
    31. A
    32. M
    33. J
    34. J
    35. A
    36. S
    37. O
    38. N
    39. D
    40. 2015
    41. J
    42. F
    43. M
    44. A
    45. M
    46. J
    47. J
    48. A
    49. S
    50. O
    51. N
    52. D
    53. 2014
    54. J
    55. F
    56. M
    57. A
    58. M
    59. J
    60. J
    61. A
    62. S
    63. O
    64. N
    65. D
    66. 2013
    67. J
    68. F
    69. M
    70. A
    71. M
    72. J
    73. J
    74. A
    75. S
    76. O
    77. N
    78. D
    79. 2012
    80. J
    81. F
    82. M
    83. A
    84. M
    85. J
    86. J
    87. A
    88. S
    89. O
    90. N
    91. D
    92. 2011
    93. J
    94. F
    95. M
    96. A
    97. M
    98. J
    99. J
    100. A
    101. S
    102. O
    103. N
    104. D
    105. 2010
    106. J
    107. F
    108. M
    109. A
    110. M
    111. J
    112. J
    113. A
    114. S
    115. O
    116. N
    117. D
    118. 2009
    119. J
    120. F
    121. M
    122. A
    123. M
    124. J
    125. J
    126. A
    127. S
    128. O
    129. N
    130. D
    131. 2008
    132. J
    133. F
    134. M
    135. A
    136. M
    137. J
    138. J
    139. A
    140. S
    141. O
    142. N
    143. D
    144. 2007
    145. J
    146. F
    147. M
    148. A
    149. M
    150. J
    151. J
    152. A
    153. S
    154. O
    155. N
    156. D
    157. 2006
    158. J
    159. F
    160. M
    161. A
    162. M
    163. J
    164. J
    165. A
    166. S
    167. O
    168. N
    169. D