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Grandes Sons

Um pouco de música todos os dias. Ao vivo, em vídeo, discos, singles, notícias, fotos. Tudo à volta do rock e derivados.

Grandes Sons

Savages, Woodkid e John Grant no Vodafone Mexefest

 

Este ano o Vodafone Mexefest realiza-se nos dias 29 e 30 de Novembro.

As primeiras confirmações do cartaz deste ano são Savages, Woodkid, Daughter, John Grant e Silva. A restante programação será conhecida em breve. Depois do enorme sucesso dos anos anteriores, a música vai voltar a aquecer as noites de Inverno, fazendo o público mexer-se de palco em palco na Avenida da Liberdade.

 

Os bilhetes para o Vodafone Mexefest mantêm-se nos 40 euros e dão acesso a todos os concertos dos dois dias do festival, em todas as salas.

Nirvana: A Nova Vida de "In Utero" Começa Aqui

Entre as novidades incluídas na reedição de celebração do 20º aniversário de In Utero, o terceiro e último álbum dos Nirvana, estará a versão "director's cut" do teledisco realizado por Anton Corbijn para o tema "Heart-Shaped Box", um dos singles do álbum de 1993 da banda. 

Antes da edição do disco (a 24 de setembro - incluirá ainda lados b, temas inéditos e um DVD com gravações ao vivo).

Prince no Coliseu dos Recreios: Abençoada sejas, Ana Moura!

 

 

O concerto mais inesperado do ano resultou no maior acontecimento rock de 2013 em Portugal. Prince desafiou e os fãs responderam em massa enchendo a sala do Coliseu de Lisboa. O músico saiu deliciado e o público viveu um dos concertos mais épicos das suas vidas.

 

Todo o contexto deste inesperado regresso a Portugal tem contornos de lenda. Prince aos 55 anos continua firme na sua atitude de trocar as voltas aos tentáculos da indústria da música, é ele que marca os seus concertos dispensando as tradicionais agências, dá-se ao luxo de fazer digressões temáticas, dígamos assim, em que ora desfila clássicos, como vimos no Meco, ora se atira a temas mais recentes e em versão rock de guitarras a soarem alto e fortes, como foi o caso desta noite.

 

Por outro lado há sempre o desafio à sua popularidade ao fim de tantos anos de carreira, recorde-se que o artista de Minneapolis deu o seu primeiro concerto por cá em 1993.

No auge do verão anunciar um concerto com dois dias (!) de antecedência e sem operação de marketing pesada é, no mínimo, ousado. Mas Prince está de bem com a vida, embora continue irritado com internetices e sem paciência para fotografias que são proibidas, está com a confiança em alta, está em excelente forma e só lhe apetece dar concertos à antiga. Quer mostrar que continua com uma presença de palco espectacular e vive um romance musical com as 3rdEyeGirl. Em troca só pede envolvimento da plateia. Quer flirts vocais com a ala feminina, quer resposta firme da ala masculina, improvisa longos coros em jeito de jam session com letra simples reduzida a "Portugal oh oh", pede luz acesa para ver bem a bonita enchente do Coliseu, pede acompanhamento de palmas, desafia o público a saltar, enfim é preciso energia para acompanhar o ritmo do pequeno grande génio.

 

A resposta da plateia esteve sempre à altura, ninguém estava ali por acaso. Durante quase uma hora de espera, claro que Prince fez-se esperar, faz parte do contexto mas foi uma espera digna nada a ver com o que Rihanna anda por aí a fazer, deu para perceber que a audiência no Coliseu era muito diversificada. Muitos corpos bronzeados, conversas sobre férias interrompidas para ver o ídolo, abordagem ao tema melgas a denunciar exposição ao sul, muitos turistas com ar deliciado com a oportunidade de ver o segundo nome mais desejado em palco segundo um artigo recente da Rolling Stone, muito cabelos brancos, caras conhecidas e também alguma juventude. No recinto também houve diferenças, em frente ao palco em vez de fotógrafos havia um espaço privilegiado para "VIP's", onde era impossível não reparar na presença da cabeleira loura de Lili Caneças.

 

Prince está muito mais próximo da herança de Jimi Hendrix, visual capilar bem incluído, do que da linhagem pop de "Kiss". Movimenta-se enchendo todo o palco nunca atropelando as suas companheiras, alterna a pose guitar hero com a postura mais discreta nos teclados, olha bem fundo para plateia e bancadas sempre que carrega no falsete e , acima de tudo, mostra um gozo e prazer supremo em tudo o que faz. Não apresenta as canções, apenas as desfila em ritmo vertiginoso. Apesar de não haver "hits" óbvios reconhece-se com agrado o rock renascido de cinzas de blues, cá está Hendrix, de «Let's Go Crazy», «Endorphinmachine", «Screwdriver», «Guitar» ou «Cause and efect», entre outras que o leitor pode conferir na setlist publicada no fim do texto. Não houve momentos perdidos, não houve alturas de descanso. O ritmo foi alto e o corpo não resistia aquelas guitarras. Antes do encore havia uma sensação estranha e boa no ar, estávamos a ver Prince no seu melhor como naqueles relatos que lemos invejosos de aparições assim mas algures em Los Angeles ou Londres para plateias reduzidas a pagarem pequenas fortunas.

 

Quando já estávamos perfeitamente rendidos com hora e meia de espectáculo, Prince resolve tornar tudo ainda mais incrível e inesperado. Entre declarações de amor a Portugal e à sua (nossa) musa Ana Moura, acontece uma grandiosa versão de «Diamonds & Pearls» que foi uma autêntica explosão de adrenalina num ambiente agora infernal, pelo calor, suor e emoção, que se iria estender por mais uma hora com direito a «The Beautiful Ones», «Evenflow», «Ampler Set», a divertida «Funkroll» e os bombons finais «Nothing Compares 2 u» e «Purple Rain». Pelo meio vimos uma invasão de palco com espectadores resgatados na bancada lateral a dançarem incrédulos à volta de Prince, vimos o staff do músico em palco aos saltos e a puxar (ainda mais) pelo público, chuva de confetis e saídas de palco com regressos exigidos pelo público. Um festão que acabou bem depois da meia noite e que vai perdurar na memória de quem viu por muitos anos. Um daqueles concertos que no futuro vão soar a medalha de ouro para exibir aos amigos: «Eu estive lá".

 

(foto do instagram de Rui Leal)

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