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É clicar nas capas para obter obter os 2 discos que faz a compilação este ano do FMM Sines.
Mais do que uma tradição já com década e meia, as últimas semanas de Julho são um marco importante no calendário dos melhores festivais de world music como a conceituada revista britânica Songlines tem destacado nos últimos quatro anos. Organizado com o apoio total da Câmara Municipal de Sines, o FMMviveu este ano uma edição simbólica e emotiva com incertezas quanto ao futuro já que o Presidente actual atinge o limite de mandatos este ano. Este pormenor é relevante e sentiu-se tanto nas mensagens transmitidas nos écrans do Castelo pelo próprio Presidente como no outdoor muito comentado pelos festivaleiros que estava bem perto do castelo pertencente a outras cores políticas. Assim a história da 15ª edição do FMM fica marcada por uma espécie de best of de todos os alinhamentos do festival.
Este ano houve significante descida no preço dos bilhetes diários, o palco da praia voltou à Avenida Vasco da Gama para contentamento geral e as obras do ano passado estavam terminadas dentro da área de circulação do festival.
Como notas negativas houve o cancelamento de um dos espectáculos mais aguardados - o indiano Trilok Gurtu não teve sorte com os voos e deixou o arménio Tigran Hamsyansozinho com o seu piano em palco originando uma das agradáveis surpresas do evento. Mais negativa foi a muito notada presença das forças policiais com minuciosas revistas à entrada do Castelo originando filas intermináveis e um sentimento de revolta generalizado entre os cerca de 90 mil espectadores que passaram pelo recinto. Uma vez que o FMM não tem historial de incidentes ou acidentes em edições passadas, uma vez que o concerto de final de tarde no Castelo tem entrada livre e sem revistas, não se entende de todo aquele aparato da GNR que não passou sem uma forte e pertinente crítica dos Gaiteiros de Lisboa aquando do seu concerto na passada sexta feira.
Por falar em críticas, o brasileiro Hermeto Pascoal também não se conteve mas porque queria mais tempo em cena e resolveu criticar a organização do festival perante a desaprovação do público. Agradeceram os portugueses Batida, cada vez mais lançados internacionalmente, que aproveitaram para dar um grande concerto madrugada dentro em comunhão com o povo que dançou e pulou fechando da melhor maneira os primeiros três dias de festival.
Para trás tinham ficado na memória colectiva os bons regressos de uma dupla de peso do Mali, Amadou& Mariam e Bassekou Kouayeté & Ngoni Ba, Hazmat Modine (EUA) e as estreias convincentes dos franceses Lo´Jo e do congolês Baloji.
Na segunda parte no que diz respeito a concertos houve de tudo um pouco como é apanágio do Festival. De realçar que este ano houve uma forte aposta em música feita em Portugal com onze presenças em palco. De Celina Piedade a Carlos Bica, de Custódio Castelo a JP Simões, de Cristina Branco a O Carro de Fogo de Sei Miguel, não faltaram boas amostras do que se faz por cá.
Entre quarta, dia 14 de Julho e o nascer do sol de domingo, 28 de Julho, os destaques vão para Tcheka de Cabo Verde, Rokia Traoré, outra escolha do Mali e com um regresso muito saudado, os paquistaneses Asif Ali Khan & Party que deram o melhor concerto do festival para a grande maioria dos que estiveram na última quinta feira no Castelo, o argelino Rachid Taha voltou a montar enorme festa e os colombianos Bomba Estéreo que mostraram todo o seu potencial dançante no palco da praia.
Um pausa para falarmos do projecto japonês Shibusa Shirazu Orchestra (foto da organização que ilustra este texto) que espantou tudo e todos na penúltima noite do festival. Uma experiência única, daquelas que vale a ida ao Castelo só por si, com mais de três de dezenas de artistas em palco. Musicalmente o projecto até nem é relevante, secção de sopros, percussão, vozes, guitarra, baixo, entre solos e temas mais jazz estendido, nada de especial. A curiosidade está nos artistas que enchiam o palco. Havia duas mulheres a fazer coreografias com bananas, dançarinos semi despidos, uma só de cuecas, um pintor a fazer a sua tela num canto, um vocalista possuído, uma espécie de maestro aluado, enfim um espectáculo que só visto e que conquistou o público pelo inesperado aparato que acabou com um vôo de uma espécie de lula gigante prateada sob a plateia. Inesquecível.
Uma palavra ainda para os tuaregues Tamikrest com o seu blues hipnotizante que funciona sempre tão bem neste contexto, a rapper americana Akua Naru com energia para dar e vender e para o conceituado nigeriano Femi Kuit que teve honras de fecho com o tradicional fogo de artificio a iluminar o Castelo em jeito de despedida até 2014. De preferência com a dinâmica do costume e com a filosofia de sempre.
João Gonçalves
18h30 [C] Gaiteiros de Lisboa (Portugal)
20h00 [P] Winston McAnuff & Fixi (Jamaica / França)
21h45 [C] Trilok Gurtu & Tigran Hamasyan (Índia / Arménia)
23h15 [C] Rachid Taha (Argélia / França)
00h45 [C] Shibusa Shirazu Orchestra (Japão)
02h45 [P] Bomba Estéreo (Colômbia)
A cidade de Mêda acolhe entre hoje e sábado um festival de música de verão que tem entradas gratuitas e deverá juntar cerca de cinco mil pessoas.
O primeiro dia do Festival Mêda+ inclui concertos de “A Cepa Torta”, “Miss Lava”, “Fonzie” e “DJ Eddie Ferrer”; na sexta-feira atuam “Gula”, “Feromona”, “Supernada” e “DJ Rusty”; e no sábado os grupos “The Indigo”, “The Parkinsons”, “Wraygunn” e “Hell Yeahh Dj's The Vacaciones”.
La Yegros from Fulano Filmes on Vimeo.
clicar na imagem para aceder ao site oficial do festival
Há Milhões de Festa entre os dias 25 e 28 de Julho. Barcelos recebe a 6ª edição do festival criado pela Lovers & Lollypops que, além da música, oferece campismo e piscina aos portadores de bilhete.
Programa para hoje:
Palco Taina
02h00 DJ Lynce, DJ Quesadilla, Pedro Beça & TOFU
01h20 Sabre
00h20 Claiana
23h20 Holocausto Canibal
22h10 Spacin'
21h10 Killing Frost
20h20 Canzana vs. Cangarra
20h00 Cangarra
19h40 Canzana
18h50 Phase
18h00 Tamar Aphek
Preços dos passes gerais:
- 60 euros a partir de dia 16 de Julho
- Os portadores do Cartão de Barcelos podem comprar os bilhetes na Casa da Juventude por €46,80
Preços dos bihetes diários:
- 30 euros a partir de 16 de Julho
18h30 [C] Orquestra Locomotiva (Portugal)
20h00 [P] MU (Portugal)
21h45 [C] Tcheka (Cabo Verde)
23h15 [C] Hassan El Gadiri & Trance Mission (Marrocos / Bélgica / Portugal)
00h45 [C] Nathalie Natiembé (Ilha Reunião – França)
02h45 [P] O Carro de Fogo de Sei Miguel (Portugal)
[C] Castelo
[P] Avenida da Praia (ou Vasco da Gama)
Para quem não poder estar em Sines a Antena 3 e a Antena 1 vão estar em directo a partir das 22h no Castelo de Sines a transmitir concertos.
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