É já no próximo domingo, 5 de Maio, que os The xx estreiam em Portugal o Night + Day, uma série de eventos curados pela banda britânica, onde convidam as suas bandas preferidas para um dia e noite da melhor música. No Jardim da Torre de Belém os horários vão ser os seguintes:
00h10 - 02h00: James Murphy (DJ Set) - Palco Night + Day 23h40 - 00h10: Kim Ann Foxman (DJ Set) - DJ Stand 22h20 - 23h40: The xx - Palco Night + Day 21h45 - 22h20: Pional (Live) - DJ Stand 21h00 - 21h45: Chromatics - Palco Night + Day 20h30 - 21h00: Jamie xx (DJ Set) - DJ Stand 19h50 - 20h30: John Talabot - Palco Night + Day 19h30 - 19h50: Kim Ann Foxman (DJ Set) - DJ Stand 18h50 - 19h30: Mount Kimbie - Palco Night + Day 18h30 - 18h50: Xinobi - DJ Stand 18h00 - 18h30: PAUS - Palco Night + Day 16h00 - 18h00: Xinobi - DJ Stand Abertura de Portas: 16h00
Um total de 10 horas de música, contínuas, apresentadas por Kalaf (MC) na magnífica paisagem do Jardim da Torre de Belém, com o Rio Tejo como pano de fundo.
Regresso triunfal da banda de Berlim a Lisboa perante mais de 12 mil fãs que invadiram o Pavilhão Atlântico em tons de negro. Uma noite de celebração de música alta e pirotecnia.
Em 1995 editavam «Herzeleid» e dois anos depois surpreendiam na banda sonora de «Estrada Perdida» de David Lynch. Seis discos de originais depois, mais colectâneas e registos ao vivo, ou seja dezoito anos depois, os Rammstein já não precisam de agenda editorial para justificarem uma digressão e atraírem público.
Hoje a banda é já uma instituição dentro da música mais pesada e o historial de concertos espectaculares cheios de surpresas e fogo abrasivo são uma garantia de qualidade que só por si chega para chamar milhares de seguidores que querem repetir experiências anteriores. Hoje voltámos a ver um grande espectáculo em que cada tema tem direito a uma encenação diferente, com fortes jogos de luzes, um som brutalmente alto e as explosões e pirotecnias da praxe.
Não se pode falar em grandes surpresas, era tudo mais ou menos previsível mas impressiona sempre e resulta bem nesta espécie de musical industrial bruto e ardente. Não houve barco de borracha sobre a plateia, imagem de marca de algumas passagens anteriores, mas houve um momento que deixou o Pavilhão em suspenso. Foi quando um fã invadiu o palco e Till Lindemann lança chamas na sua direcção deixando o casaco do rapaz a arder. Por segundos pairou a dúvida, depois percebeu-se que as corridas do «fã» eram ensaiadas para fugir aos seguranças. Bem encenado.
Musicalmente o destaque vai para uma versão despida de «Mein Herz brennt» só com piano. Inesperada, merece destaque não necessariamente pelas melhores razões, aliás. De resto escutámos uma revisão da matéria dada ao longo destes anos que começou em «Ich tu dir weh» e passou pelas incontornáveis «Links 2-3-4», com marcha a condizer, «Du hast», «Ich will» acabando na polémica «Pussy».
Foram perto de duas horas de alta rotação ao nível dos decibéis e pirotecnia numa noite de consagração de um nomes do rock mais pesado que apesar das letras em alemão tem uma notável compreensão e aceitação da legião do pessoal da pesada.